quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O PT é o continuador social da obra civilizatória Pombalina e Varguista, agora com democracia

O PT é o continuador social da obra civilizatória Pombalina e Varguista, agora com democracia. Dilma e Lula continuam a trajetória de sociogênese e construção do Estado Nacional, ampliação da cidadania e extensão dos direitos para a maioria da população. As raízes desse processo são muito antigas. Os brasileiros de origens coloniais portuguesas tiveram o desafio de modernizar e atualizar um dos mais antigos Estados Nacionais do mundo, em uma das maiores ampliações territoriais e populacionais da história. Nós, os que somos os brasileiros descendentes de portugueses coloniais fundadores do Estado do Brasil e de suas povoações, temos a responsabilidade na inclusão social no século XXI de todas as populações remotas, assimiladas e vindas para o nosso Estado. Muitas etapas foram percorridas nos últimos séculos. Getúlio Vargas, a República, os Imperadores Pedro, o Marquês de Caravelas e antes também situamos o Marquês de Pombal, o criador do centro político-estatal (ao transferir a capital política para o Rio de Janeiro) e extinguir as Capitanias Hereditárias, o padronizador da língua nacional e universal, que se torna o português brasileiro, o estimulador da mestiçagem nacional com os índios (Pombal descendia mitocondrialmente de índias pernambucanas), quem aboliu as diferenças entre cristãos velhos e cristãos novos, aboliu a escravatura em Portugal, porém no Brasil ainda se passariam séculos incompletos para a necessária inclusão social dos negros, mas os paradigmas políticos pombalinos foram lançados. Muitos pequenos Estados europeus desapareceram no século XVIII, mas o Brasil, a grande estrela do Império Português, forjou as bases para se tornar um dos maiores Estados do mundo com suas fortes e vigorosas raízes. Estado nacional, cidadania e democracia ainda mais reforçados com o protagonismo político do subalternos.


Rco
FICO AQUI, PENSANDO NAS CONVERSAS ENTRE LEANDRO KONDER E MANOEL DE BARROS, a partir dessa triste semana. Queria ser uma mosquinha fantasma para ouvi-los. FIQUEM BEM. O MUNDO FICA MAIS POBRE SEM VOCÊS.

Aprendimentos

O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura
é o caminho que o homem percorre para se conhecer.
Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim
falou que só sabia que não sabia de nada.
Não tinha as certezas científicas. Mas que aprendera coisas
di-menor com a natureza. Aprendeu que as folhas
das árvores servem para nos ensinar a cair sem
alardes. Disse que fosse ele caracol vegetado
sobre pedras, ele iria gostar. Iria certamente
aprender o idioma que as rãs falam com as águas
e ia conversar com as rãs.
E gostasse mais de ensinar que a exuberância maior está nos insetos
do que nas paisagens. Seu rosto tinha um lado de
ave. Por isso ele podia conhecer todos os pássaros
do mundo pelo coração de seus cantos. Estudara
nos livros demais. Porém aprendia melhor no ver,
no ouvir, no pegar, no provar e no cheirar.
Chegou por vezes de alcançar o sotaque das origens.
Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno
grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite!
Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles —
esse pessoal.
Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova.
Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que
achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam
que o fascínio poético vem das raízes da fala.
Sócrates falava que as expressões mais eróticas
são donzelas. E que a Beleza se explica melhor
por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei
sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.


Fonte : Wanirley  Pedroso Guelfi

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

HERANÇA MACABRA

 Ilana Lerner. 

Esse é o ano dos filhos na nossa eleição. Nunca vi uma eleição tão familiar. Se somarmos aí, os netos, sobrinhos e afins, acho que temos uns 50% dos candidatos disputando o feudo. Filho de peixe, peixinho é, é isso? Então não voto em nenhum dos dois, nem no pai, nem no filho.
Qualquer pai que ache que a vida de político é uma coisa a se passar de herança pra seu filho não merece meu voto. Qualquer filho que cresça vendo seu pai na política e queira fazer isso da vida também não.

Politica devia ser vocação, paixão. Conheço poucos, pouquíssimos que tem esse comprometimento. Fazer disso um negócio familiar, não me representa. Nunca pensei ver no Paraná essa tendência coronelista que tanto criticávamos quando ouvíamos as histórias das oligarquias nordestinas (sem preconceito) eternizadas no poder. Famílias que dominam a prefeitura, a câmara, a assembléia, o palácio do governo, isso era uma realidade distante. Não mais.

Obviamente temos exceções e famílias muito sérias na política, mas cá entre nós, são tão menoria que não devem chegar no 1% mesmo contando com a margem de erro para mais. Além disso, a renovação de pessoas na política é importante, revigora, transforma, areja.

Agora, trocar pai por filho, sei não, me parece um caminho perigoso. Infelizmente, vendo a quantidade de filhos e juniors sorridentes nos cavaletes, parece que é uma tendencia que veio pra ficar.

Então cuidado, se a moda pegar, ou no caso eleger, podemos correr o risco de ter uma sociedade estagnada, onde nada muda. Depois dos filhos virão os netos, e por ai vai...


Como diria o Jamil Nakad, chega dos mesmos!

O ethos politico paranaense.

Ivan Justen Santana______________O amigo Julio Garrido postou: "Vejo meus amiguinhos reclamando da vitória do Richa, Dias e Aécio aqui no Paraná, dizendo que o povo é alienado, não é. Gente, historicamente o paranaense é fascista. O segundo maior partido nazista do planeta ficava aqui. Existem imagens dos anos 30 com milhares de pessoas na Praça Tiradentes fazendo a saudação nazista. Durante a segunda guerra tivemos campos de concentração e os que mais sofreram neles foram os japoneses. Em 1964 teve parada militar na XV com grande adesão popular pra receber as tropas paulistas. Nos anos sessenta e setenta o Paraná foi dos estados que mais prendeu e torturou militantes da esquerda."
Achei por bem responder: "Colar um rótulo como esse é alimentar ressentimentos históricos e perder a perspectiva. O Paraná nunca foi um estado com identidade cultural própria dominante, portanto sempre foi presa fácil para tendências de dominação vindas de fora, como por exemplo o fascismo. Mas é também um estado em que surgiram vanguardismos como o Simbolismo, com seu anticlericalismo e internacionalismo, e figuras individuais excêntricas e geniais: Paulo Leminski é um exemplo prototípico mais contemporâneo, entre outros que poderiam ser citados. Nosso "povo" é, sim, alienado, fascista, comunista, esclarecido, politizado, ignorante, etc. O "povo" paranaense ainda não consegue se reconhecer no espelho quando acorda de manhã, e categorizações únicas como a de "fascista" dificilmente vão ajudar para essa autorrevelação."

Ricardo Pedrosa Alves__________________ acho que os dois têm razões aqui e ali, já que há conservadorismo em todo lugar e o autoritarismo das elites é marca talvez nacional, mas o argumento 'tendências de dominação vindas de fora' é dos mais frágeis. assim, simbolismo, leminski etc. são 'tendências internas'; fascismo, racismo etc. são 'tendências externas'? é isso?

Ivan Justen Santana_______________________ O argumento não é esse, pois é mesmo difícil diferenciar o que é "de fora" e o que é "nosso". Tanto fascismo e racismo, quanto simbolismo e vanguardismos, e até mesmo o Paulo Leminski, são e não são "nossos". O ponto aqui é o de reconhecer isso.

Eloise Mara Grein______________ O Paraná é um "melting pot", um caldeirão com mistura de inúmeras etnias. ..o que sai de toda essa mistura não é de fácil catalogação

Ivan Justen Santana_________________________ Qualificando um pouco mais, o "fascismo" em sua forma organizada, tanto a da Europa, quanto a do Integralismo do Plínio Salgado, vieram "de fora" do Paraná. Mas a tendência praticamente "inata" do indivíduo humano, de encampar fascismos, e ir à praça (ou ao campo de futebol) gritar um refrão com um grupo e hostilizar quem não faça parte desse grupo, é possivelmente coisa "nossa". Você flagrou algo interessante no meu discurso, Ricardo: a tendência de considerar o que achamos errado como algo externo, e querer para nós (associar a "nosso", a "tendências internas") valores que reputamos positivos. Eloise: antes fosse um caldeirão em que os ingredientes-etnias se misturassem harmoniosamente: ainda é uma dificuldade a própria admissão dessa identidade cultural múltipla e variada.

Rogério Guiraud____________________________ O Paraná teve realmente picos de vanguardismos especialmente nas Artes, acho que nunca na política, mas deixo isso para os especialistas, porém, todas as vanguardas foram paridas a fórceps e exterminadas a pau... é comum esse processo, porém aqui, como fizeram com o corpo do Bin Laden, tratamos de enterrar o morto rapidamente, para evitar os discursos de velório. Julio Garrido, que vive o meio, apenas usou o Álvaro Dias e o Beto Richa, como argumento... Ele poderia ter citado os fotógrafos, como os que fazem apenas fotos de casamento. O problema da provincia é que temos certeza que pinheiro não se transplanta mas não sabemos que brasileiros de outras vanguardas não provinciais, nunca ouviram falar de farofa de pinhão com carne de porco, mas acham que Curitiba é organizadinha e limpinha! Beto Richa e Álvaro Dias nunca fizeram porra alguma pela nossa cultura e o Barão, no Paço da Liberdade, que o beto privatizou, está assentado, embora de pé, sobre quatro colunetas de fascio, cuidando de quem desce do trem do Shopping ali do fim da rua... O que significará. exatamente isso? Portanto Que Goura, Anaterra Viana e Bernardo Piloto nos redimam na próxima porque desta vez fudeu!


Rita Franco Brunetti_____________________________ Excelente texto Ivan, desvendando os véus do nossa terrinha. Pra mim foi uma aula. Paraná é essa mistura mesmo, raças, crenças... isso é muito bom também! Já que no afã dos resultados políticos chamei o povo de coxinha. Depois dessa seu texto vou compartilhar!!!


Debate ...politica

Sérgio Braga__________________________Com a midias sociais, as noticias hoje em dia se propagam com velocidade espantosa. Minha opinião é que o desempenho dos candidatos no debate final de campanha teve um grande peso no resultado das eleições, inclusive em escala subnacional e nas eleições para o legislativo. O desgaste de antigas fórmulas políticas e a incapacidade de renovação de discurso dos incumbentes, somado à apresentação de um discurso alternativo consistente por um dos desafiantes, serviram como uma espécie de catalizador para o oposicionismo e o conservadorismo latentes de certos setores do eleitorado que há muito ansiava por um norte. Como antecipavam alguns, a luta no segundo turno será dura, com leve vantagem para o desafiante. Nada é irreversível e definitivo, mas sem dúvida esta foi a eleição presidencial mais disputada e incerta desde a redemocratização do país em 1988.

Julio Moliani____________________________ Até poderíamos dizer, que para o executivo este está sendo o pleito mais democrático. Sem querer distorcer sua análise, eu não me conformo com o voto nulo não ser válido. Bato sempre nesta tecla. Nenhum candidato me representa, mas o TSE vai utilizar o meu voto favorecendo (e "legitimando") o candidato da maioria. Particularmente considero o desafiante uma regressão, e a atual situação acomodada com políticas sociais que já deveriam estar aprimoradas, além do código ambiental, terras indígenas, etc. Não que não possa piorar. para mim é uma disputa acirrada entre os usurpadores de todo tipo, que vêm por trás desses candidatos, além de suas ideologias e modelos econômicos ultrapassados.

Valter Rodrigues de Carvalho_________________ Acho que refletiu o clima bem ruim da última semana de campanha da Marina, que fechou com aquele debate onde ela foi ruim e Aécio teve um bom desempenho.

Sérgio Braga___________________________ Julio Moliani: enquanto não mudarem as regras, acho inútil votar nulo salvo em casos excepcionais. Eu pelo menos nunca votei nulo, embora ache a democracia "representativa" capitalista uma engabelação das massas. Creio também que as diferenças entre os projetos do PSDB e PT são nítidas e, apesar das limitações do PT, penso que ele contribuiu bem mais do que o PSDB para a melhoria da qualidade de vida no Brasil, especialmente dos mais pobres. Só votaria no Aécio, a quem considero um excelente político, caso o adversário fosse o pastor Everaldo.




Debate...Politica paranaense

Emerson Urizzi Cervi________________Sabe quem foi o grande derrotado das eleições dessa ano no Paraná?
A Gralha Azul.

A partir de hoje terá que ceder espaço no galho da Araucária para o tucano, pois o Paraná passa a ser, com SP, o grande ninho dos tucanos no Brasil. Isso porque o ninho mineiro se desmanchou em parte.
Como se diz lá no norte do Paraná, o PSDB fez barba (Aécio 49%), cabelo (Beto 55%) e bigode (Álvaro 77%) esse ano na terra de todos os paranaenses...

Priscila Souza______________________ isso seria um reflexo de boa propaganda politica e discurso ou da vontade dos paranaenses mesmo? ainda sem entender...

Emerson Urizzi Cervi________________ Vontade do paranaense antes de tudo, Priscila Souza

Leda Garzuze_______________________ É, o Beto representa o novo. Eu mesma ainda não tinha visto viatura policial sem gasolina, o Ideb do Estado despencar, usar dinheiro de depósito em juízo p/ pagar as contas... Novíssima forma de governar. Tsc, tsc

Rodrigo Horochovski__________________ Curiosamente, foram meia boca nas proporcionais. Leve surpresa com o bom desempenho do PT para deputado federal.

Beth Santos__________________________ Resultado da falta da qualidade de opção geral aqui

Sérgio Braga_________________________ Paraná e São Paulo mais uma vez mostrando que são a vanguarda da sustentabilidade: da para viver tranqüilamente sem água e sem educação.

Emerson Urizzi Cervi___________________ Rodrigo Horochovski, considere que a Yared deu uma vaga a mais para a coligação.

Maria Clara Favetti_____________________ Fujam para as colinas!!!! Socorro!!!

Ênio Guimarães________________________ Venceu no Paraná a falta de opção!!!! Não voto no Maria louca nem por decreto e no PT, NEM A PAU JUVENAL!!! Não foi fácil conviver com o Beto no Governo e eu sei do que falo, pois a Secretaria a que estou vinculado, por força de profissão, sofreu, mas sofreu muito!!! RESUMO DA ÓPERA: "RUIM COMIGO, PIOR SEM MIGO!!! Triste, mas infelizmente, real!!! Abraços meu caro Emerson Urizzi Cervi... esteve, como de costume, irretocável em suas considerações na BAND... Só o telhado é que tem ainda um pouco da última geada que passou por Curitiba.

Emerson Urizzi Cervi____________________ Vish Ênio Guimarães e a previsão é que as geadas continuem por aqui. Abs...

Patricia Schmidt_________________________ Resta saber se vão nos levar mais quatro anos no bico.

Mauro Marcolino Carneiro_________________ As geadas tendem a piorar. O primeiro campo a sentir será a educação com o desmonte do que ainda resta.

John Rocha Loures________________________ O jeito é aderir a política neoliberal camuflada de social democracia ?
Faz muito sentido, enquanto a oposição se ocupava dos pormenores a turma tucana reunia investimento milionário, reafirmando a mega-coligação e estratégias midiáticas. Resta saber se o custo dessa coalizão comprometerá governança como ocorreu em 2010...

Bruno P. W. Rei__________________________ E o Álvaro, hein? Pelo que eu me lembro, o PSDB no Paraná foi fundado por uma turma que saiu do PMDB fugindo dele: José Richa, Euclydes Scalco...

Louise Nazareno__________________________ Exatamente, fugindo do Álvaro e retornando ao Alvaro. Paraná que me entristece!

Emerson Urizzi Cervi_______________________ E olha Bruno P. W. Reis no Paraná os tucanos Alvaro e Beto não dividem o mesmo galho. Ao contrário de outros Estados, são historicamente distantes, desde que em 1990 ao invés do então governador Alvaro Dias apoiar o retorno de José Richa ao governo, preferiu lançar o então ex-prefeito de Curitiba, Roberto Requião - dando início à trajetória política desse último em detrimento da história de José Richa. Desde então, a família Dias e a família Richa são dois tucanos que não se bicam.

Bruno P. W. Reis_________________________ Em 88 Richa já tinha saído pra ajudar a fundar o PSDB, Emerson. Se a memória não me trai, o PSDB nasce de paulistas (fugindo do Quércia), mineiros (fugindo do Newton Cardoso) e paranaenses (fugindo do Alvaro Dias). Os cearenses é que entram depois, já nos anos 90.

Emerson Urizzi Cervi_____________________ sim, sim Richa é um dos fundadores em 1988. em 1990 alvaro ainda não tinha entrado no partido. Mas, regionalmente, até então eles faziam parte do mesmo grupo. José Richa tinha indicado/apoiado a eleição de Alvaro para o governo do Estado.

Rodrigo Horochovski_____________________ Era tudo PMDB




Debate....Partidos

Eneida Desiree Salgado______________ Até que enfim uma razão consistente para atacar o multipartidarismo!

Jorge Eduardo França Mosquera_______ http://www.stf.jus.br/imprensa/pdf/votoerosadi1351.pdf

Sérgio Braga_______________________ De onde você tirou isso, Daniel? Nesse ponto, eu concordo com o Carlos Pereira: quanto maior o número de parceiros e maior a heterogeneidade programática, maior os custos de gerenciamento da coalizão, e mais ela se dá em bases fisiológicas, embora os padrões observados variem em função das opções estratégicas escolhidas pela presidência para lidar com o Congresso.

Dennison de Oliveira________________ Uma das poucas coisas boas que o congresso fez foi a clausula de barreira segundo a qual sobrariam meia duzia de partidos no Brasil - daí veio o STF e acabou com tudo.

Sérgio Braga_______________________ Presidencialismo sem um limite ao número de partidos realmente é complicado, Dennison de Oliveira. E olha que a cláusula que o STF derrubou referia-se apenas ao funcionamento parlamentar dos partidos, e não ao seu funcionamento efetivo. Os partidos com menos de 2% poderiam continuar existindo no parlamento, embora perdessem direito a uma série de regalias; ao contrário do que existe em alguns países europeus.

Eneida Desiree Salgado_______________ Dos sistemas que conheço com cláusula de barreira em estados federais, todos permitem a existência de partidos estaduais.Aqui querem manter o caráter nacional dos partidos (essa falácia, como bem demonstra o pmdb). Aí não dá para ter cláusula de desempenho!

Daniel Marcelino_____________________ Foi uma mera especulação baseada na teoria de oferta e demanda. Se funciona para explicar o equilíbrio dos preços no mercado de qualquer produto, deverá funcionar também no mercado de apoio político. A se testar.


Eneida Desiree Salgado________________ A questão é quantos vão ter o poder de impedir a aprovação de projetos...

domingo, 5 de outubro de 2014

Mara Telles se sentindo decepcionada

Mara Telles 

O Brasil tem uma cultura autoritária que se estende à direita, centro e esquerda. Mas, isso não é algo singular ao Brasil: é uma particularidade da América Latina. Contudo, este quadro não tem se restringido ao continente: também nos países europeus, sempre que há uma crise econômica, os Ilustrados habitantes do Velho Mundo se esquecem dos seus valores democráticos e aderem com gosto à xenofobia. A extrema-direita deita e rola: basta dar uma olhadinha no mapa das eleições legislativas nos países nórdicos - justamente aqueles que compõe o mapa da Pesquisa Mundial de Valores como os mais racionais - , para observarmos o crescimento deste grupo.
Mas, a extrema esquerda também ama um certo ar autoritário: como se a politica fosse um círculo, os extremos se encontram. O povo é um mero detalhe a ser retirado do cenário e do processo decisório. Estou ouvindo uma conversa de dois rapazes muito modernos: a favor do casamento gay, contra a corrupção, a favor do aumento do salário mínimo, pela liberalização da enconha... Os programas inclusivos e as politicas sociais são tratados com escarnio. E, para o Brasil mudar, o povo deveria ser "qualificado". A culpa de tudo estar tão ruim é do povo "sem qualificação". Sempre será.
Ao fim e ao cabo, deveria haver um partido ou um poder decisório que retirasse o poder do povo - este detalhe maldito da democracia!

Oi??? Eu ouvi isso? Só não digo o nome do candidato estampado nos bottons para não causar chiliques e suicídios na minha timeline. Quadros iluminados: tô fora. É por isso que não passam de 1%...

sábado, 4 de outubro de 2014

Debate à esquerda...eleições.

 Dilma cresce nas pesquisas e reúne bases sociais heterogêneas de apoiadores. A grande maioria que vive do seu trabalho e do seu estudo melhorou de vida nos últimos 12 anos. Dilma vence em todas as regiões brasileiras, conta com forte base social no núcleo duro de apoio dos mais pobres e também tem importantes apoios em grupos sociais e intelectuais elitizados. Lula e Dilma vencem primordialmente porque não foram derrubados pelos antigos donos do poder, ou por políticos ex-arenistas. Grupos oligárquicos, ou aliados situacionistas, como o PMDB, o PP e tipos tradicionais como Sarney, Collor de Mello, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Francisco Dornelles, Maluf e Reinhold Stephanes garantiram a sustentação da maioria parlamentar do PT. Sem aliados, Lula e Dilma estariam na mesma indigência e irrelevância política que os sem-votos à extrema esquerda estão, para não falar de tipos de esquerda derrubáveis como João Goulart ou Allende. Dilma é seguramente a candidata dos mais pobres e também é candidata muito bem votada nos eleitores com doutorado, a mais elevada faixa de escolaridade. Enquanto Dilma e Lula tiverem o apoio das multidões pobres, negras, pardas e populares da classe trabalhadora, enquanto uma mulher idosa, periférica, rural, descendente de escravas, votar nas mesmas candidaturas do PT, junto com alguns dos segmentos do que Raimundo Faoro denominou de estamento burocrático nacional, composto por homens brancos brasileiros, agora urbanos, descendentes do senhoriato da antiga nobreza da terra, dos "homens bons" do Brasil Colônia e do Império, com renda média-alta e escolaridade elevada, o bloco político hegemônico continuará. Juntos formam a mais vitoriosa aliança política nacional na atual democracia representativa. Assim permanecerá, prosseguirá e se ampliará o projeto nacional-desenvolvimentista de inclusão social dos últimos 12 anos. O PT é o varguismo de 1954 redivivo e ampliado.

Ricardo Costa de Oliveira


Luciano Rodrigues de Oliveira_______________________ É lamentável esta visão tentando justificar os conchavos feitos pelo PT para barganhar tempo com foco na propaganda política. Pergunto, onde está a ideologia política apregoada pelo partido? Tudo relegado em nome de um projeto de poder que aparelhou o Estado, as instituições e os Poderes. Não há como justificar o conchavo com políticos que estiveram contra o povo em benefício próprio. E ainda, varrer para baixo do tapete a corrupção alegando que não sabia ! Isto é prova cabal de incompetência ou ma fé !!! Repriso, lamentável...


Ricardo Costa de Oliveira ____________________________A percepção dos eleitores da Dilma é que o Aécio-PSDB e a Marina-PSB conseguem ser muito piores, fazem as mesmas coisas e de maneira muito piorada, com apoios e financiadores ainda piores. As outras candidaturas passam a imagem de "laranjas" e de "nanicas", que crescem para baixo e são consideradas ingênuas e ineficazes. Realpolitik para quem quer defender o seu emprego, o seu salário, os seus direitos e não quer os neoliberais, os setores ainda mais atrasados e ainda mais corruptos comandando de novo o país. Democracia é muitas vezes a escolha do melhor ou do menos pior.


Giancarlo Zeni_________________________________________________ Liberalismo e políticas socioeconômicas de direita só deveriam interessar a quem de fato se beneficia: banqueiros e grandes empresários. A alienação promovida pela grande mídia é tão assustadora que consegue convencer setores da classe média e da classe trabalhadora que a esquerda é uma ameaça ao país. Ora, a melhora é visível, tangível e clara desde a ascensão do PT. Essa história de petralha, cambada, etc., é insuflada por uma elite que quer reter todos os privilégios de classe. Uma senhora de sobrenome em Minas disse claramente que vai votar no Aécio senão "daqui a pouco os pobres vão mandar no país". Eu quero um país justo e igualitário, onde minha ascendência e minha história pregressa não digam que sou melhor que um descendente de escravos, ou pior que um Jorge Paulo Lehmann. As oportunidades precisam ser as mesmas. E tenho certeza de que este é o mesmo Brasil com que Dilma sonha.

Debate à esquerda...eleições

André Castelo Branco Machado_______________________O lacerdismo, mais uma vez, uniu a direita e a ultra-esquerda e tomou conta do debate. Lastimável. Diante a uma realidade internacional muito difícil, os candidatos de oposição conseguiram desfocar a discussão do que farão, caso eleitos, diante a essas dificuldades. Uma pena a Dilma estar muito nervosa e titubear em relação ao programa histórico do PT. Se tivesse mais calma e se reproduzisse a pauta defendida nos congressos do partido, não haveria espaço para esse blá-blá-blá. Espero que a Dilma vença no domingo. Caso contrário, basta se comprometer com as mudanças estruturais que a maioria precisa e a minoria nunca aceitou que se fizesse no país.

Frederico Ronconi__________________________
 http://outras-palavras.net/outrasmidias/?p=38888

Por uma esquerda sem Vaticano Vermelho

E se buscássemos incorporar, às lutas sociais, todos os que o capitalismo descarta? E se isso significasse...

OUTRASPALAVRAS.NET

Ivan Araujo_________________________________________ Meu caro André, o PSOL tem uma proposta que passa necessariamente por concorrer o eleitorado de esquerda com o PT. O partido não tem ambições de ganhar a disputa no momento, motivo pelo qual pode assumir uma postura de franco atirador e marcar uma postura socialista. E dentro dessa opção achei que o PSOL foi bastante feliz, até porque a proposta do partido de maneira alguma passa por corroborar com as políticas do PT (ainda que a Luciana em todos os debates tenha pegado bem mais leve com a Dilma do que com Aécio ou Marina). Exatamente por isso, não estou bem de acordo com a crítica que você deixou ai a postura do PSOL no debate.

André Castelo Branco Machado____________________________ Ivan, basta uma liderança do PSOL cometer um crime de corrupção para a direita esmagar o partido com seu próprio discurso moralista.

Luiz Nobre_____________________________________________ Ivan quanto ao PSOL adoraria que o debate fosse uma discussão mais a esquerda; e até acho que Luciana Genro tem tentado levar para este lado. Mas estive em Macapá e a prefeitura comete atos de extrema direta, neoliberal.
Ivan Araújo O discurso do PSOL foi bem mais que um moralismo, e cito como exemplo do que eu falei os dois momentos em que a Luciana debateu diretamente com a Dilma hoje. No primeiro questionou diretamente as alianças que o partido faz, e no segundo foi feliz por poder tocar na sua maior bandeira, a da taxação de grandes fortunas e aproveitou novamente para questionar os limites que a opção governista do PT tem. Nas duas o objetivo foi exatamente esse, o de disputar com o PT o eleitorado de esquerda, que ainda vota em sua maioria na Dilma. E o fato de incomodar o pessoal do PT está mostrando que a estratégia tem caminhado bem.
Luiz Nobre Ivan não me incomoda; muito pelo contrário por sinal. Mas a prefeitura de Macapá, não segue o discurso.

Jackeline Mattos_______________________________________ Eduarda ,Dilma terá que ter muita calma e melhorar seus argumentos , pois no segundo turno eles irão se unir e vir com tudo pra cima .. não que deem medo , porém as mentiras que possam ser inventadas., se não tiver eleitores de cabeça feita , complica .. enfim .. Dilma neles *-*

Raul Maciel___________________________________________  dizer que a esquerda "faz o jogo da direita" não é governismo demais? entretanto, se comparadas as críticas de PCB-PCO-PSTU ao governo PT, sem dúvida o PSOL falha ao, nos debates, distanciar o discurso eleitoral da sua principal candidatura (Luciana Genro) do discurso ideológico do partido e por isso a crítica ao PT acaba sendo um pouco pobre
(além de acabar parecendo reformista, segundo o Vaticano Vermelho daqueles 3 partidos)

André Castelo Branco Machado____________________________ Dizer que a esquerda faz o jogo da direita é impreciso. Por isso que eu não disse isso. Quando a Luciana ou os demais candidatos da esquerda questionam os problemas reais do povo, insolúveis com o tipo de opção do PT em manter algumas alianças políticas e estruturas econômicas, vejo que estão contribuindo para fazer o jogo da esquerda. Mas quando usam o discurso moralista da direita, como se o governo do PT fosse um mar de corrupção, daí fazem sim o discurso da direita. A Luciana usou a principal intervenção do debate, a primeira, a de maior audiência, para entregar seu cartão de visita. Quando atacaram o Freixo no RJ, tentando jogar seu nome na lama, tenho muito orgulho do PT ter defendido o PSOL. Não nos alinhamos ao lacerdismo carioca que buscava fazer uma critica à direita e caluniosa. Mas a recíproca não é verdadeira. O PSOL se tornou um partido com importantes fundamentos, mas com um discurso de "ética na politica" tão frágil quanto as instituições politicas do país. Se governarem o país um dia, lidarão com a corrupção dentro do seu quadro administrativo e serão bombardeados cada vez que esses crimes forem descobertos, com a tentativa dessa imprensa oposicionista em buscar um nexo do roubo com seus principais dirigentes.

Anisio Garcez Homem_____________________________________ A Luciana Genro ontem deu a senha aos candidatos da direita. E neste sentido ela faz o jogo desta gente, sim. Não há imprecisão nisso. Ela não é uma bobinha que não sabe o que está em questão neste momento. Porque, pensemos bem. Se ela quer confrontar a cúpula do PT diante dos seus eleitores e filiados poderia ter escolhido Aécio ou Marina já na largada e dito: vocês querem fazer reformas trabalhistas, um reforma política conservadora, privatizar e entregar o pré-sal, dar independência ao BC, etc, etc...a candidata Dilma diz que é contra isso, mas se é isso ela tem que avançar para aprovar as 40 h semanais no congresso, comprometer-se com o plebiscito popular pela constituinte,entregar o pré-sal para o controle 100% da Petrobrás, etc.. O PSol apoiaria estas medidas.Assim ela estaria dando a oportunidade de se ligar as aspirações dos que votam no PT para defender seus interesses de classe. Agora, fazer discurso da Veja reproduzindo as calúnias de que o PT é um partido de corruptos...isso no mesmo dia no qual o Gilmar Mendes cassou a decisão do TSE de conceder direito de resposta ao partido pelas acusações caluniosas da turma da Abril... Quem quiser ser ingênuo que seja.
Pedro Silveira manito, digamos que tia Dilma não tá muito interessada na"pauta defendida nos congressos do partido".

Raul Maciel_______________________________ concordo, André, e de fato frustra um pouco vê-la buscar a diferenciação PSOL-PT e PSOL-PSDB falando em mensalões (de ambos), Petrobrás e aeroporto, deveria ir muito além disso

Andre Luis Souza____________________________ Vencer ela vence. Dificilmente a Marina vai conseguir o apoio necessário para vencer. Vai chegar perto, mas é pouco provável que vença. E o Aécio já não tinha chances desde o começo.
O que me preocupa é que a Dilma anda 'titubeando" demais, talvez por nem saber mais qual o objetivo ou a essência do PT...

Ana Cláudia Duvoisin Oliveira______________________________ Votar na Dilma é corroborar com esta política nojenta e corrupta, onde os seus aliados estão Sarney, Renan Calheiros, Collor... ESTOU FORA!


Claudio Ribeiro___________________________________________ Tem gente, André, que é cego. Enquanto não houve reforma política, ninguém governa sem o Senado. Não se trata de buscar aliados, mas assegurar possibilidades de implementar políticas sociais justas. Sinto que a Ana Cláudia Duvoisin Oliveira, que me parece pessoa digna, não ter entendido que ainda vivemos sob a batuta das reformas de Abril de 1977, do General Geisel.
André Castelo Branco Machado Ela é, sem dúvida, uma pessoa digna, Claudio Ribeiro. Ela, como muitos, passou a identificar no PT os problemas do Estado brasileiro, como a corrupção e outros sérios problemas estruturais. Espero que a Dilma encare as reformas necessárias e possa mudar as certezas de muitos, como minha colega Ana Cláudia. Tá na mão do PT nesse quarto mandato, que certamente será o mais importante, caso sejamos eleitos.

Andre Luis Souza__________________________________________ Eu diria que não tem como não identificar o PT com os problemas do país, pelo fato de que o governo do país agora é do PT. E é por isto que eu afirmo, André, que o PT tem que melhorar. Pode fazer muito mais do que faz, mas perde tempo com picuinhas políticas, "ligações perigosas" e políticas não eficientes, muitas originadas de ideias dos mesmos políticos de sempre que agora são "aliados".
Como eu te disse uma vez, ter o PT no governo somente não adianta, se o PT não mudar de verdade os rumos da política no Brasil. Ao invés de defendermos o partido com unhas e dentes, não importando quais são os erros cometidos, para defender o partido temos que defende-lo primeiro dele mesmo!


debate à esquerda ...eleições no Brasil... "poder popular"...

Claudio Daniel_____________ Partidos como o PSTU, PCO e o PCB fazem propaganda do "poder popular" e do "governo dos trabalhadores" como se a tomada do poder fosse acontecer amanhã e a revolução socialista coincidisse com o processo eleitoral. Isto é não apenas falso em termos de teoria marxista-leninista mas também inútil, porque não faz avançar nenhuma proposta concreta de curto prazo, contentando-se com o discurso ideológico vago, distante da realidade imediata dos trabalhadores, que desejam respostas imediatas para questões relativas à saúde, educação, moradia, segurança e transporte. No livro "Esquerdismo, doença infantil do comunismo" Lênin escreve: “A lei fundamental da revolução, confirmada por todas as revoluções, e em particular pelas três revoluções russas do século XX, consiste no seguinte: para a revolução não basta que as massas exploradas e oprimidas tenham consciência da impossibilidade de continuar vivendo como vivem e exijam transformações; para a revolução é necessário que os exploradores não possam continuar vivendo e governando como vivem e governam. Só quando os ‘de baixo’ não querem e os ‘de cima’ não podem continuar vivendo à moda antiga é que a revolução pode triunfar.”



“A revolução é impossível sem uma crise nacional geral (que afete explorados e exploradores). Por conseguinte, para fazer a revolução é preciso conseguir, em primeiro lugar, que a maioria dos operários (ou, em todo caso, a maioria dos operários conscientes, pensantes, politicamente ativos) compreenda a fundo a necessidade da revolução e esteja disposta a sacrificar a vida por ela; em segundo lugar, é preciso que as classes dirigentes atravessem uma crise governamental que atraia à política inclusive as massas mais atrasadas (...), que reduza o governo à impotência e torne possível sua rápida derrubada pelos revolucionários.”Lênin

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

QUEM EXPLICARÁ O "VAZAMENTO" DA VEJA?


Ricardo Kotscho

Passaram-se já mais de 48 horas desde que veio a público o "vazamento" da delação premiada feita à Polícia Federal pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em nova tentativa de alterar os rumos da campanha presidencial, com base em denúncias sobre um esquema de corrupção montado na empresa por políticos e partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff, atingindo também o PSB da candidata Marina Silva.

É bastante estranho o silêncio mantido até o momento, manhã de segunda-feira, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e a Polícia Federal a ele subordinada, como se fosse a coisa mais normal do mundo um "vazamento" destas proporções, sem qualquer prova, baseado em fontes anônimas, a quatro semanas da abertura das urnas, sabendo-se que este processo está submetido a segredo de Justiça e os áudios e vídeos da delação devem ser criptografados e mantidos num cofre forte.

Ao terminar de escrever a coluna de domingo, sobre as consequências nas campanhas presidenciais destas graves denúncias lançadas no ar, ficou martelando na minha cabeça uma dúvida: ninguém vai explicar ou pelo menos procurar saber em que condições e a serviço de quem se deu mais este explosivo "vazamento", mais conhecido por "bala de prata", que já se tornou comum em vésperas de eleição em nosso país? Ninguém se dignou a questionar este ponto entre as dezenas de análises que li sobre o assunto e seus desdobramentos ou a indagar quem pode ter vazado estas "informações".

Dá-se de barato que estas denúncias realmente existem, que o delator só falou a verdade e tem provas do que disse, mas o que temos por enquanto é apenas mais um factoide midiático explorado à exaustão pelo esquema Veja-Globo-Folha-Estadão, e seus respectivos portais, com os concorrentes retroalimentando o noticiário entre si.

Nem é preciso ser muito esperto para descobrir a quem interessa tumultuar o processo eleitoral nesta reta final da campanha. Quando parecia que este esquema já tinha abandonado o tucano Aécio Neves à sua própria sorte, e aderido ao Furacão Marina, mesmo com algumas restrições, eis que o candidato atolado em terceiro lugar ressurge das cinzas no noticiário, com tanto ímpeto para atacar as duas adversárias que lideram com folga todas as pesquisas, como se já soubesse de alguma coisa antes da anunciada "bomba" explodir no último final de semana.

Como sabemos, as investigações sigilosas estão sob a responsabilidade da Polícia Federal, quer dizer, de um órgão do Ministério da Justiça, que vêm mantendo um obsequioso silêncio sobre o assunto. De que forma nós, simples cidadãos eleitores, poderemos saber o que existe de verdade no que vem sendo noticiado a respeito do "mar de lama da Petrobras"? Ou o objetivo é mesmo só fazer a divulgação oficial depois de 5 de outubro, mantendo as suspeitas no ar para a devida exploração eleitoral?

Cabe registrar aqui a previsão feita por Aécio dias atrás, quando sua campanha definhava, baseado na experiência do seu avô Tancredo Neves, de que as definições eleitorais só começam para valer depois do feriado de 7 de setembro.

Tem alguma coisa estranha no ar e não são os aviões de carreira.


autonomia/independência do Banco Central




Confesso que não consigo entender o debate atual sobre "autonomia/independência do Banco Central". Como a proposta é defendida por quem fala em nome dos interesses das empresas que compõem o sistema financeiro, cheguei à conclusão que a direção do BC, em especial presidência, sempre foi ocupada por pessoas sem ligação com essas empresas. Logo, insensíveis aos interesses dos operadores financistas, tomariam decisões contrárias aos banqueiros, dificultando a vida deles no País. Bem, daí as dúvidas cresceram. Primeiro porque o Banco Central pratica um dos maiores juros reais do mundo, portanto, nosso setor financista é um dos mais beneficiados em todo o planeta. Todos os grandes bancos gostariam de operar aqui, não só pelo tamanho do mercado, mas também pela "bondade" das decisões do BC nas últimas décadas. Daí, fui lá e entrei na página dos ex-presidentes do BC. E, surpresa, a regra é que para ser presidente do BC é preciso ter experiência no sistema privado. O que há de operadores do mercado financeiro, consultores de bancos e até mesmo ex-presidentes de instituições privadas que assumiram o cargo máximo do Banco Central brasileiro é uma enormidade. São exceções os ex-presidentes do BC que não tiveram em algum momento grande proximidade com o "mercado financeiro" (o atual presidente é uma delas). No que eu concluo: precisamos, definitivamente, estatizar o Banco Central. Ele sempre teve autonomia em relação ao Estado. Fiquei maluco?!

Emerson Urizzi Cervi

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A quem interessam as pesquisas eleitorais?

Aurélio Munhoz


Respondo, de imediato: interessam somente às fontes pagadoras. Certamente, não ao conjunto da sociedade brasileira. Esta é a razão pela qual sou totalmente contra as pesquisas eleitorais que mostram as intenções de votos nos candidatos. Divulgadas como tendências de votos do eleitorado , as pesquisas na verdade se prestam ao papel de instrumentos propagandísticos dos candidatos que lideram as sondagens – e, obviamente, ferramentas de contrapropaganda, nos demais casos. Não se trata de tolher os direitos dos institutos de pesquisas de apurar a opinião do eleitorado; vivemos, enfim, em uma economia de mercado. Mas certamente existem outras posições mais relevantes a serem pesquisadas. Por exemplo, o que as pessoas esperam dos seus governantes e legisladores na solução dos grandes problemas da agenda nacional. O problema é que, na medida em que muitas destas pesquisas são pagas por comitês de campanha, tornam-se inúteis como instrumentos objetivos de mensuração das intenções de voto. No caso da mídia, idem. Se a opinião do eleitorado é tão imponderável e se o voto é secreto, qual a efetiva relevância de se saber em quem as pessoas pretendem votar? Condenem-me.

MAS NÃO É SÓ O CADÁVER


Álvaro de Campos
Mas não é só o cadáver
Essa pessoa horrível que não é ninguém,
Essa novidade abísmica do corpo usual,
Esse desconhecido que aparece por ausência na pessoa que conhecemos,
Esse abismo cavado entre vermos e entendermos —
Não é só o cadáver que dói na alma com medo,
Que põe um silêncio no fundo do coração,
As coisas usuais externas de quem morreu
Também perturbam a alma, mas com mais ternura no medo.
Sejam de um inimigo,
Quem pode ver sem saudade a mesa a que ele sentava,
A caneta com que escrevia?
Quem pode ver sem uma angústia própria
A espingarda do caçador desaparecido sem ela para alívio de todos os montes?
O casaco do mendigo morto, onde ele metia as mãos (já ausentes para sempre) na algibeira,
Os brinquedos, horrivelmente arrumados já, da criança morta,
Tudo isso me pesa de repente no entendimento estrangeiro
E uma saudade do tamanho do espaço apavora-me a alma…


Álvaro de Campos nasceu em Tavira, Algarve, Portugal, e depois se mudou para Glasgow, Escócia, onde foi estudar engenharia. Primeiro mecânica, depois naval. "Quase se conclui do que diz Campos, de que, o poeta vulgar sente espontâneamente com a largueza que naturalmente projetaria em versos como os que ele escreve; e depois, refletindo, sujeita essa emoção a cortes e retoques e outras mutilações ou alterações, em obediência a uma regra exterior. Nenhum homem foi alguma vez poeta assim" afirmou Ricardo Reis em um de seus apontamentos. Álvaro de Campos é um dos mais conhecidos heterônimos de Fernando Pessoa.

Depois da queda


02.09.2014

Site Brasil de Fato

Alipio Freire

O grande capital internacional, a direita e os oportunistas nativos querem comemorar
os 50 anos de 64, com um novo golpe.

Não há mais o que esconder.
Todos os motivos nos levam a não mais usar meias palavras: a queda do Cessna que levava o candidato do PSB à Presidência da República foi um atentado. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi assassinado.
A grande mídia comercial do Brasil, bem como a internacional, enterrou o assunto - festejam o crescimento da emergente Marina Silva como cabeça de chapa, e não se perguntam sobre a "providência divina" que causou a queda do avião. Um acidente sem motivos é o dogma. Pelo menos até que venha a público (nos próximos 30 dias) o laudo da Comissão responsável pelas investigações. Depois disto - quando o laudo "comprovar" o dogma, este passará a ser uma verdade científica.
(Orai por nós, doutor Augusto Comte. Orai, pois é muita bandeira. É overdose de "Ordem e Progresso")
Se assim for, ao fim e ao cabo restará uma pergunta retórica ficcional, do tipo:
Eram os deuses astronautas?
Quem matou Odete Roithman?
Passados 20 dias do desastre, ninguém mais discute sua origem, ou busca uma explicação. Aliás, a data do "acidente" foi muito bem escolhida: 13 de agosto - infelizmente para os organizadores do sinistro, não era uma sexta-feira. Mas 13 de agosto, por si só, já é "um dia de azar", üm dia aziago" - e tudo poderá ficar explicado através do mágico: talvez uma ação de "forças espirituais nefastas" soltas pelo espaço, como a Aeribu Airlines, a Aerocorbeau Airlines, ou a Aircrow Airways: urubus e corvos, batendo ponto em cumprimento da malfazeja data - embora o sinistro melhor se assemelhe às ações da Condor Airways.
E mais: o número 13 é também o número do Partido dos Trabalhadores.
Imaginem se o vice do candidato Eduardo Campos fosse do PT, o alvoroço que estaria na grande mídia comercial? Diariamente manchetes...
Alguém acredita num acidente sem mandantes, no caso do avião da Malaysia Airlines?
Alguém é capaz de acreditar que o avião da Air Malasya teria caído por influência de forças espirituais maléficas, ou apenas em consequencia do Desejo Divino?
Terá o Divino desejos que - alimentados por sádicos fetiches - exigem sangue e fogo?
Bem se vê que não somos versados em divindades.
A quem servem os dois acidentes?
Certamente aos mesmos senhores.
Que controle tem o Governo brasileiro, os partidos de matriz de esquerda (epecialmente PT e PSB) das intermináveis investigações sobre a causa do "acidente", das explosões de um avião cuja caixa preta nada gravou? Que controle tem a Nação (especialmente os trabalhadores e o povo, que formam sua imbatível e esmagadora maioria) de uma equipe acrescida de "técnicos especialistas dos EUA", que leva a cabo os trabalhos para verificar as causas da queda do Cessna e, sobretudo, da veracidade do laudo que venha a ser emitido?

Das saias justas e das contradições
nas ancas das elites.

Por falar em "técnicos especialistas dos EUA", alguém esquece que até o senhor Lincoln Gordon, embaixador dos EUA no Brasil - que preparou o golpe de 64 - além de diplomata, era funcionário da CIA?
Alguém esquece que o senhor general Vernon Walters, adido Militar dos EUA naquele mesmo tempo em nosso país, teve a tarefa de articular os militares nativos para o golpe, e foi quem deu a palavra final sobre a indicação do marechal Humberto de Alencar Castello Branco para assumir a Presidência em nome dos golpistas?
Tudo bem que o marechal morreria dois anos depois, também de um acidente aéreo jamais explicado - mas aí, já são das saias justas e das contradições nas ancas das elites.
Acordemos, meus camaradas!
Acordemos, ou os mesmos de sempre comemorarão os 50 anos do golpe em grande estilo, num grande regabofe...
Em nossa avaliação, estamos no torvelinho de uma complicada e pesadíssima conspiração internacional, meio a um processo de golpe de Estado.
Para isto, base social interna ao nosso país é o que não falta: o oportunismo dos partidos políticos brasileiros (já denunciado em nosso artigo "Novo quadro político - anotações", publicado na edição 599 do "Brasil de Fato") está aí para não nos deixar mentir. Isto, para não falarmos de grande parcela do sindicalismo, além de diversas outras organizações e movimentos de trabalhadores e do povo, somado a ONGs, OSCIPs, etc. - muitos dos quais cooptados por esses mesmos partidos, sem exceção.
Some-se ao quadro, a prática política da troca de "dossiês" para a troca de silêncios.
Ainda que sem qualquer patriotagem, ufanismo ou estupidez do gênero, não podemos esquecer o peso do Brasil em termos mundiais, sobretudo no Cone Sul das Américas. Seja do ponto de vista econômico, político e, por isto mesmo, para a geopolítica das grandes potências.
Do nosso ponto de vista, a conpiração já se manifestou em junho do ano passado (2013), episódio que muitos camaradas entenderam e prosseguem entendendo como um "ascenso dos movimentos dos trabalhadores e do povo", mesmo apesar do Dia Nacional de Luta convocado pelas centrais sindicais e vários movimentos naquele então haver sido um fiasco.
Comparemos: o Comício da Central do Brasil (convocado pelo presidente João Goulart e realizado em 13 de março de 1964) reuniu, numa única praça, cerca de 200 mil pessoas, num momento em que o país tinha cerca de 50 ou 60 milhões de habitantes. Já o Dia Nacional de Luta do ano passado, somando todas as manifestações em todo o Brasil (hoje com mais de 200 milhões de habitantes), chegou a 150 mil pessoas. Nada mais a argumentar.
A propósito: o comício convocado pelo presidente Goulart não foi capaz de sustar o golpe em curso, que seria consumado 18 dias depois.
Frente a isso, porém, o triunfalismo, a apoteose mental, o baluartismo (como dizíamos outrora), o simples e rastaquera oportunismo de uns poucos camaradas da nossa esquerda, consideram junho de 2013 um grande "ascenso das masssas"!!! Para tanto, esquecem os fatos, minimizam ou jogam para baixo do tapete as manipulações, estímulos e apoios reais da direita que envolveram o episódio, iniciado apenas com as manifestações do Movimento Passe Livre (como tem acontecido todos os anos naquele período), e que se desdobraram na campanha contra a presidenta Dilma Rousseff que se estendeu até e durante toda a Copa.

Vivemos num mundo onde, não apenas tudo é possível, como - o que é pior - tudo é permitido.
O pior dos mundos.

Entre as manifestações daquele junho - não sabemos se os leitores se recordam pelo menos de dois episódios: além do fato do "Estadão" on line ter feito um apelo no sentido de que todos os que tivessem wi-fi, os disponibilizassem para a convocação das manifestações, houve até a campanha do "Change Brazil", nos EUA, estrelada por Lady Gaga, suas gaguetes e outras chesters; por Mark Zuckerberg - dono do fez-se-buque; e por um industrial estadunidense com negócios no Rio, cujo nome agora nos foge.
O contraponto mínimo a tudo isto, que se esperava, era que o nosso PT nos oferecesse uma análise dos acontecimentos, e apontasse um Norte político. Doce ilusão. O silêncio político do PT foi total (ainda que com idas e voltas) e os personagens do partido e dos seus Governos que se manifestaram, teriam feito melhor se houvessem permanecido calados: o prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, que estava em Paris, rivalizou com o senhor Geraldo Alckmin (também em Paris naquele momento), no que diz respeito a clamar por mais repressão - errou de foto para a qual pretendeu posar; e o ministro José Eduardo Cardozo ofereceu tropas federais (na ocasião, escrevemos e publicamos artigo a respeito). As atitudes do prefeito Haddad e do ministro Cardozo só se justificariam se eles tivessem (e expusessem publicamente) informações sobre alguma conspiração em andamento.
Entrementes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que se pretende a maior liderança popular do nosso País - sumiu do Brasil, tendo sido encontrado (por habilidade e "inconveniência" do jornalista Flávio Aguiar) participando de uma reunião secreta de chefes de Estado e banqueiros, em Berlim. Reapareceria dias depois (desta vez não mais "incógnito") dando uma entrevista para o "New York Times". E foi meio a toda essa "geléia" que surgiram as primeiras manifestações do "Volta Lula".
Change Brazil = volta Lula? - até hoje não nos ficou claro.
Alguém acredita na eclosão espontânea da Primavera Árabe e/ou na versão de que tudo foi consequencia apenas da ação das redes sociais?
Alguém comprova que o cadáver jogado ao mar pelas forças militares estadunidenses seria mesmo do terrorista Bin Laden - conforme divulgou a mídia "democrática, ocidental e cristã"?
Alguém concorda que as lutas de resistência dos povos que têm seus países invadidos pelos EUA e seus parceiros, são "ações de rebeldes"?
Glosamos todos e cada um desses fatos e episódios em nossos artigos ao longo de então (junho de 2003) até semana passada. Está tudo devidamente registrado.
Bacon - o filósofo inglês, afirmava há séculos que, "Embora nem tudo seja permitido, tudo é possível", uma visão que consideramos otimista nesta fase neoliberal do capitalismo, quando vivemos num mundo onde, não apenas tudo é possível, como - o que é pior - tudo é permitido.
O pior dos mundos.
Um mundo no qual cai - até hoje inexplicável e inexplicadamente - o avião do candidato Eduardo Campos, colocando de pernas para o ar e de cabeça para baixo todo um processo eleitoral, e tudo segue placidamente seu curso "natural": simplesmente o candidato Campos é substituído por sua vice que, sempre ávida de estar por toda parte e sair em todas as fotos, não viajou com o cabeça de sua chapa, apesar dele haver insistido - conforme foi noticiado no dia seguinte ao seu assassinato.
Para acobertar melhor a explicação ainda não dada a respeito da queda do Cessna, o avião viraria assunto na grande mídia, numa investigação sobre sua propriedade, origem e dinheiro da compra, leasing, ou aluguel. Obviamente, tudo isto recaindo nas costas do candidato morto, uma vez que a dona Marina é uma Santa, uma Pura, e jamais soube de nada.

Ainda bem que Teresa, uma nossa amiga de Lisboa, já nos havia explicado: "O trauma é o melhor amigo do homem".
Aliás, numa fala enviesada na tentativa de responder o motivo pelo qual não estava a bordo no Cessna no dia do acidente, e ao mesmo tempo se manter distante das investigações a respeito da propriedade do avião, a senhora Marina Silva declarou ao jornal O Estado de São Paulo (02.09.2014), que tem medo "mesmo de avião de carreira", e que entrou "apenas seis vezes no jato usado por Eduardo Campos". Todo esse medo, confessou à repórter Sonia Racy, se origina "de dois traumas na Amazônia".
(Ainda bem que Teresa, uma nossa amiga de Lisboa, já nos havia explicado: "O trauma é o melhor amigo do homem").
Mas, não esqueçamos de juntar as pontas: um avião de propriedade obscura (e de explicação confusa) completa muito bem o quadro de um acidente inexplicado e sem gravação na caixa preta. Ou estamos errados?
Aliás, parece-nos que o hit agora é não juntar pontas.O neoliberalismo imprescinde da pós-modernidade. É tudo fragmento; tudo acaso - "just because". "Sabe, bicho, pintou... daí, cara, rolou". - "Demorô!"

Em política, as coincidências crescem ou diminuem na razão direta do crescimento ou diminuição das conspirações.

Por exemplo: até o momento, ninguém - pelo menos em público - se perguntou sobre o fato de o ex-presidente do Superior Tribunal Federal, doutor Joaquim Barbosa (que a aposentadoria o tenha!), ter mandado encarcerar os petistas acusados e condenados por um "mensalão" (que não houve enquanto tal), sem os permitir trabalhar fora do presídio, e o direito de prisão domiciliar de um deles (por motivo de doença), num momento que coincidia exatamente com período anterior às articulações de candidaturas presidencias. Na outra ponta, o mesmo doutor Barbosa, os liberaria para o trabalho fora do presídio e para a prisão domiciliar, tão logo acabaram as convenções partidárias... Esta segunda ponta, também por coincidência, acompanhada do pedido de aposentadoria do juiz Barbosa, exatamente no auge da disputa da Copa, quando todas as atenções estavam voltadas para o torneio, e os atos do estriônico e circense presidente do STF passaram desapercebidos da opinião pública.
Ora, independentemente das opiniões políticas e/ou morais a respeito do ex-ministro e ex-presidente do PT José Dirceu de Oliveira e Silva, do ex-presidente partidário José Genoíno Neto, ou do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, todos havemos de concordar que são três grandes articuladores políticos. Mas - Que pena! - por mera coincidência, ficaram alijados exatamente no momento crucial dos conchavos e decisões dos partidos sobre a sucessão... Mas, felizmente, foram atendidos em seus direitos depois de passado o perigo das convenções partidárias.
Não esquecemos que em dois ou três dos nosso artgos, perguntamos a serviço de quem e do que estaria o doutor presidente Barbosa, e quem estaria por detrás de suas atitudes.
Assim acreditamos poder pensar e dizer sem medo de errar: em política, as coincidências crescem ou diminuem na razão direta do crescimento ou diminuição das conspirações.
Repetimos a pergunta, agora acrescida:
Alguém acredita num acidente sem mandantes, no caso do avião da Malaysia Airlines?
Se não acredita, alguém aceita a hipótese de que tenha sido o presidente russo Vladimir Putin quem mandou derrubar a aeronave?
E as Torres gêmeas de Nova York?
E o Incêndio do Reichstag - quem ordenou tocar fogo no Parlamento alemão em 27 de fevereiro de 1933, incinerando a República de Weimar e, no início do ano seguinte, e marcarcando a ascensão de Hitler e do seu partido?
Enquanto isto, um bando de pacóvios da esquerda, esquecidos de que devemos conspirar, acreditam que os inimigos e adversários não o fazem: tudo em nome de que "não podemos ter um visão conspirativa da História" - verdadeiras virgens: donzeis e donzelas! Uns repetem esse refrão (ou será um mantra?) por absoluta ignorância; outros, sem dúvida, por terem o rabo preso. Ora, não ter uma visao conspirativa da História, não implica concluir que os adversários e inimigos não conspiram, nem nos deve levar a esquecer/abrir mão de conspirar.
Mais ainda: condicionados a um modelo de golpe de Estado que pressupõe a intervenção direta das Forças Armadas - como os que ocorreram nos anos 1960-1970 especialmente no Cone Sul (ainda que não apenas), muitos camaradas têm dificuldade de localizar e perceber o significado dos novos mecanismos que vêm sendo utilizados no presente pelo grande capital internacional, para seus golpes de Estado.

Para reforçar o que vimos dizendo, citamos o artigo "Brasil. Como sobreviver?" do economista
Adriano Benayon, filiado ao PSB.

Para reforçar o que vimos dizendo, citamos o artigo "Brasil. Como sobreviver?" (01.09.2014) do economista Adriano Benayon, filiado ao PSB, que recebemos enquanto escrevíamos este texto.
Com razão e fundamento, depois de toda uma análise das articulações econômicas e políticas, ele afirma:
"De fato, estamos diante de um golpe de Estado perpetrado por meios aparentemente legais, incluindo as eleições. Parafraseando o Barão de Itararé, há mais coisas no ar, além da explosão de avião contratado por um candidato em campanha. (grifos do Autor)
"(...)
"Golpes de Estado podem ser dados através de parlamentos, poderes judiciários, além de lances como os que estão em andamento. Agora, a moda adotada pelo império angloamericano, como se viu em Honduras e no Paraguai, na suposta primavera árabe, na Ucrânia etc., é promover golpes de Estado, sem recorrer às forças armadas, as quais, de resto, no Brasil, têm sido esvaziadas e enfraquecidas, a partir dos governos dirigidos por Collor e FHC".
Resta-nos apenas uma dúvida: a senhora Marina é o plano pra valer dos conspiradores, ou apenas um atalho para voltar a um Plano A?

Frente a tudo isto, resta-nos apenas uma dúvida:
a senhora Marina é o plano pra valer dos conspiradores, ou apenas um atalho para voltar a um Plano A?
Enfim, como está marcado para as vésperas da eleição o anúncio do resultado (o laudo) das investigações sobre a origem do desastre que matou o candidato Eduardo Campos, sua equipe e a tripulação do Cessna, quem sabe, independentemente de qual seja o resultado, o assunto gere uma comoção e reação social - animada por vândalos anônimos - que leve ao adiamento do pleito, criando um interregno onde possam ser iniciadas negociações em torno de nomes mais "consensuais" e mais confiáveis para o grande capital internacional e suas bases sociais internas, que a senhora Marina. Candidatos não faltarão. Quem sabe o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso repita o que fez durante o início da abertura da segunda metade dos anos 1970 (denunciado algumas vezes por Jânio de Freitas em sua coluna, e jamais desmentido) e se apresente - como fez com os militares naquele então - para dirigir esta nova transação...? Tem gente que sonha ser José Sarney a todo custo - mesmo o Príncipe dos Sociólogos, já derrotado uma vez pelo Beletrista, pode ter uma recaída.
Como já dissemos, tudo é possível e, sobretudo, tudo é permitido na nova ordem mundial.
Não temos qualquer dúvida, porém, que o alvo dos conspiradores é o Governo da presidenta Dilma Rousseff e sua reeleição, e não o PT em geral. Outros petistas de "primeira grandeza" certamente seriam muito bem recebidos (com pompa e circunstância) no banquete dos Rothschild, Morgan e seus pares e sócios brasileiros.

Desde o golpe de 64, o Governo da presidenta Dilma Rousseff foi o que mais avançou em termos da defesa da nossa integridade territorial e soberania.

O Governo da presidenta Dilma Rousseff, sem dúvida, fez uma série de concessões aos neoliberais. Mas isto deve ser pensado num quadro real do país e da política: a decisão das forças hegemônicas do PT de governar a todo custo, não importando as alianças necessárias para eleger seus candidatos e garantir suas "governabilidades"; o abandono do seu partido de uma política de construção das organizações independentes e autônomas da classe trabalhadora e do povo - que deveriam ser seus principais aliados e base de governabilidade; o dever de cumprir compromissos assumidos pelo seu antecessor - como, por exemplo, todos os acordos a respeito da Copa; e tudo isto num país rico em matérias primas estratégicas, mas praticamente desprovido de defesa militar, reduzidas - desde a adoção da Doutrina de Segurança Nacional, logo após o fim da Segunda Guerra, a forças de ocupação interna do Império estadunidense e à condição de polícias; num país que tem petróleo e nióbio (entre outras minerações) mas não tem bomba atômica ou outros armamentos indispensáveis à nossa defesa. Todos esses fatores juntos certamente não permitiram (e tentarão sempre jamais permitir) rumos muito diferentes daqueles tomados pela presidenta,, se entendemos que a luta política é ditada pela correlação de forças, e não por vontades, desejos ou fetiches.
Entretanto, apesar de tudo isto, em nossa opinião, o Governo Dilma Rousseff - desde o golpe de 64 - foi o que mais avançou em termos da defesa da nossa integridade territorial, soberania e dignidade, contrariando Washington, a banca internacional e suas bases sociais internas que não engolem, até hoje, algumas atitudes e decisões da presidenta.
Apenas como exemplos mais recentes das decisões tomadas pela nossa chefa de Governo e de Estado, e absolutamente intragáveis (e intragadas) pelos ianques: o cancelamento de sua (da presidenta Dilma) viagem aos EUA, depois da publicização da espionagem de Washington, incluindo até seus telefonemas pessoais; a ativação do BRICS e a criação do Novo Banco de Desenvolvimento; o fato do Pré-Sal ter começado a ser explorado e da China haver vencido o leilão do Campo de Lira (Pré-Sal).
Também por coincidência ou por inspiração divina, a candidata Marina Silva - assessorada e coordenada pela senhora Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú (outra coincidência) - já declarou que seu Governo diminuirá sua ação junto ao BRICS, bem como a exploração das reservas do Pré-Sal.
Aliás, é bom lembrar que o Pré-Sal, embora descoberto pelos brasileiros há apenas 13 ou 14 anos (segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso), já devia ser - muito provavelmente - do conhecimento da Casa Branca e dos seus órgãos de inteligência pelo menos desde os anos 1970, quando o Governo do general Emílio Garrastazu Médici autorizou um completo levantamento aerofotogramétrico do nosso território - palmo a palmo - pelo Governo de Washington.
________________________
Alipio Freire

jornalista, escritor, artista plástico e cineasta, integra os Conselhos Editoriais do jornal Brasil de Fato e da Editora Expressão Popular; é membro do Conselho Curador do Memorial da Anistia (BH-MG), e colabora com diversas publicações populares e de esquerda.

a vaidade pode levar o político a cometer um dos pecados fatais




"Max Weber observou que a vaidade pode levar o político a cometer um dos pecados fatais em política, ou ambos, simultaneamente: se abster de assumir uma causa e do sentimento de responsabilidade. Se o político está sujeito à vaidade, o intelectual padece da mesma doença. “A vaidade é um traço comum e, talvez, não haja pessoa alguma que dela esteja totalmente isenta. Nos meios científicos e universitários, ela chega a constituir-se numa espécie de moléstia profissional”, sentencia Weber. (grifos nosso) Não obstante, o sociólogo alemão é condescendente com os colegas acadêmicos, pois considera que a vaidade do intelectual não oferece tanto risco à sua atividade quanto o que ocorre em relação ao político: “Contudo, quando se manifesta no cientista, por mais antipatia que provoque, mostra-se relativamente inofensiva, no sentido de que, via de regra, não lhe perturba a atividade científica”. (WEBER, 1993: 107) Será?! Para o estudante ou o colega que tem que suportar a vaidade desmedida, talvez seja o oposto que ocorra. Do ponto de vista puramente empírico, os que nos oferecem mais riscos são os que estão mais próximos!"

Antonio Ozai da Silva...UE-M

69. http://www.espacoacademico.com.br/045/45pol.htm

Toda a barbárie é cometida na África e perpetrada por comunistas.

Na guerra entre a Sérvia e a Bósnia nos anos 90 o estupro era a arma dos sérvios para eliminar para sempre a motivação de luta dos eslavos muçulmanos bósnios tidos como negadores do cristo e por isso indignos de compaixão pela extrema direita sérvia.O crime bania da comunidade a vitima que carregava em seu útero a lembrança eterna da violação , correntes que a prendiam numa masmorra mental para o resto de sua vida. Nas chamadas atrocidades búlgaras , no começo do século xx os otomanos praticavam os mais terríveis abusos contra as populações búlgaras que lutavam pela sua emancipação e precisamos elencar o comportamento das civilizadas tropas alemãs nazistas particularmente no Leste ou as japonesas em Nanquim. e asiáticos ,assim como qualquer povo não tem o direito de mostrar o dedo inquisidor a outrem , sem derramar o sangue em suas próprias mãos. O genocídio dos povos originais tanto ao norte como ao sul do continente americano não foi obra de europeus  e provavelmente eles também eram comunistas.

Wilson Roberto Nogueira

racismo

O fenômeno "racismo " é mundial; em alguns países é ou foi institucional e atualmente é aberto  ,em outros escamoteado, dissimulado, o que me causa espécie é, quando suas vítimas adotam discursos racistas e até ingressam em partidos fascistas.O racismo introjetado é a herança maldita dessa patologia social que precisa ser erradicada.

Wilson Roberto Nogueira

El pasado inexacto de Rusia


24 de octubre de 2013 Fran Martínez, Rusia Hoy

Libros de memorias, novelas históricas, biografías… el número de publicaciones sobre el pasado ha crecido exponencialmente en Rusia durante la última década, al igual que blogs, foros en internet y películas que tratan de recontar hechos históricos. No obstante, la cantidad no siempre conlleva calidad; en muchos casos los autores de estas obras no cuentan con una formación académica contrastada, en otros la historia es utilizada para justificar ambiciones políticas.

La obra de Boris Mijáilov vendida por 13.750 libras. El cuadro es único por sus tintes de anilina pintados a mano. Mikhailov se describe como uno de los fotógrafos más importantes de la antigua Unión Soviética. Fuente: cortesía de Sotheby 's
¿Pero por qué este interés en el pasado? Como en muchas otras sociedades occidentales, la retro-utopia se ha multiplicado como una pandemia también en Rusia. Sin embargo, la necesidad de recuperar símbolos del pasado no se limita a una moda, ni a expresiones artísticas, sino que aquí también es promovida por las autoridades.
Lo podemos ver en el cambio de los días festivos en el calendario, o en la recuperación de rituales oficiales, desfiles militares y símbolos de poder. Algunos investigadores lo presentan como nostalgia, pero parece ser más complicado.
Tras el colapso de la Unión Soviética apareció la necesidad de crear una nueva identidad colectiva. Además, los continuos y radicales cambios políticos, y la reescritura de la historia que cada uno de ellos ha conllevado, ha hecho que los rusos sean escépticos con el pasado y al mismo tiempo crean que las respuestas de los problemas del presente puedan estar por ahí detrás.
Dice Iliá Kalinin, editor de NZ (Neprikosnovennyi Zapas), que en Rusia la historia es tratada como si fuera un recurso natural. De la misma forma que la economía rusa depende de la extracción de gas y petróleo, la modernización del país también se basa en la explotación del pasado para crear cohesión social y apoyo al gobierno. El precio a pagar es doble, por un lado dificulta el conocimiento verdadero de los hechos acontecidos, por otro limita todas las posibles alternativas de futuro a las narraciones del pasado.
Para Alexander Etkind, profesor del Instituto Europeo de Florencia, el abuso de la memoria en Rusia acaba produciendo un ‘luto retorcido’, en el que lo importante no es el evento que se honra sino la emoción colectiva que se crea.
También Serguéi Oushakine lo cree así. Para este profesor de la universidad de Princeton lo valorado en Rusia no es el conocimiento de la historia, sino la familiaridad de los símbolos del pasado, los cuales producen un efecto de estructuración social.
Probablemente el mejor ejemplo de este abuso del pasado emotivo es la continua evocación de la Segunda Guerra Mundial (Gran Guerra Patria); en Rusia presentada como una experiencia intergeneracional que unifica la sociedad, justifica sacrificios y ahuyenta críticas políticas.
Es por eso que Oushakine considera que en Rusia el pasado sólo es relevante como fuente de símbolos, rituales y legitimidades en el presente. Formas que con frecuencia no tienen nada a ver con el contexto original.
Muchos han sido los que han criticado el pasado ruso. Desde los clásicos Lomonósov, Karamzin o Tatishev, que lamentaban el excesivo ‘germanismo’ de las interpretaciones, a Vasili Rozánov, que dijo que “en Rusia no hay ni sol ni pasado”, o Piotr Chaadaev, quien aseguró que Rusia no cuenta con una buena historia para convertirse en un país moderno.
En parte, todas estas interpretaciones podrían ser vistas como ‘psicoanalíticas’, porque ven los legados del pasado como una carga, siempre problemáticos. Lo curioso, en Rusia, es que cada nuevo gobierno reacciona contra ese pasado con obsesivos intentos de reescribir la historia.
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Esto ha creado no sólo problemas políticos, sino también de educación. Tantas nuevas versiones de la historia han aparecido –muchas de ellas politizadas- que incluso el primer ministro Dmitri Medvédev reconoció “que los libros escolares van a acabar por convertir la cabezas de los niños en kasha (una papilla)”.
Panarin, Dugin, Tsimburski, Karagánov, Fomenko… todos ellos han realizado su personal reescritura de la historia vendiendo miles de libros. En el caso de Anatoli Fomenko incluso argumenta que 1.000 años de nuestra historia no han existido, que Cristóbal Colón era cosaco, que la catedral de Haghia Sofia (en Estambul) y el templo de Salomón son lo mismo, o que Jesucristo era en realidad el Emperador bizantino Andronikos Komnenos I. También que la dinastía Románov fabricó el enfrentamiento entre rusos y tártaros, ya que Rusia nunca fue invadida por los mongoles sino que ellos mismos eran los mongoles.
Por supuesto, esta obsesión por reescribir el pasado no se limita sólo a Rusia. La diferencia aquí es que después de tantos cambios políticos radicales (cristiandad, mongoles, Iván el Terrible, Pedro el Grande, Revolución bolchevique, colapso soviético…) se han creado tantos huecos históricos y reescrito tanto el pasado que se ha perdido el sentido de realidad.

Parece que lo importante son los símbolos y la emotividad que producen. Esto recuerda al eslogan del partido que George Orwell describe en 1984: “Quien controla el pasado controla el futuro; quien controla el presente controla el pasado”.

Las enseñanzas militares de la Horda de Oro


18 de junio de 2014 Alexander Vershinin, para RBTH

Vasallos del Imperio mongol durante más de dos siglos, los rusos aprendieron de sus conquistadores porque estudiaron cuidadosamente sus tácticas militares hasta que finalmente se fortalecieron lo suficiente para utilizar lo que habían aprendido como para vencer, batalla tras batalla, a sus antiguos señores, abriendo así el camino a la formación del Estado ruso.

A finales del siglo XII los mongoles liderados por Gengis Kan revolucionaron el arte de la guerra. Fuente: Rudolf Kucherov / Ria Novosti
Fundado por Gengis Kan, el ejército del Imperio mongol se reveló como una de las maquinarias militares más modernas de la historia de la Humanidad. Su organización perfecta, férrea disciplina, tácticas sofisticadas y poderoso armamento perfeccionaron a estos nómadas hasta convertirlos en una amenaza mortal para los pueblos de Asia y Europa.
Verdaderos pioneros del arte de la guerra, los mongoles ya asediaban fortalezas con artillería 100 años antes que los europeos. Incluso en ausencia de comunicaciones y canales de suministro, podían movilizar y equipar una tropa numerosa, desplazarse miles de kilómetros y atacar, aparentemente salidos de la nada. Estos hijos de la estepa también eran hábiles constructores de barcos de guerra y su flota estuvo peligrosamente cerca de conquistar Japón a finales del siglo XIII.
Tras poner de rodillas al Imperio chino, la Horda de Oro irrumpió a través de Asia Central para atacar el sur del Cáucaso y la antigua Rus, llegando incluso hasta el mar Adriático.
De todos los pueblos que conquistaron las hordas de Gengis Kan, los rusos resultaron ser los más capaces en adoptar las técnicas del invasor, mientras aprendían duras lecciones de sus propios errores y sus amargas derrotas en batalla.
En 1223 el jefe mongol, Gengis Kan, fingió una retirada para engañar y aniquilar así los ejércitos de los príncipes de Rus en el río Kalka, actualmente la región de Donetsk, en Ucrania. En 1238, la caballería de Batu Kan adelantó a las fuerzas rusas por los flancos, las rodeó y las aniquiló en el río Sit, en lo que es hoy la región de Yaroslavl. Y en 1377 los mongoles aprovecharon su superioridad en las labores de reconocimiento del terreno para localizar a su enemigo y aplastar las tropas rusas en el río Piana, en la región de Nizhni Novgorod.
Donskói derrota a los mongoles
Para resistir los ataques mongoles, los rusos tuvieron que adquirir sus mismas habilidades: movimientos de reconocimiento, tácticas de lucha a caballo y emboscadas. Y a partir del siglo XIV, los mongoles también empezaron a sufrir derrotas, a medida que los príncipes moscovitas conseguían que cambiasen las tornas.
En 1378, en la batalla del río Vozha, en la región de Riazán, los ejércitos de Dmitri Donskói formaron en arco, como los mongoles, y atrajeron al enemigo hacia el centro de la horquilla para destruirlo. Dos años después, las fuerzas mongolas sufrieron la peor derrota de su historia en la batalla de Kulíkovo, derrotados otra vez con sus propias armas, esta vez en una emboscada.

Pero los mongoles no solo enseñaron a los rusos a luchar. A lo largo de los siglos llegaron a formar parte integrante del Ejército ruso. La caballería tártara encarnaba las tradiciones guerreras de los jinetes de Gengis Kan y sembró el terror entre los enemigos europeos del zar.
Durante la Guerra Livona en el siglo XVI, los comandantes de Iván el Terrible ganaron muchas batallas contra los alemanes, los polacos y los suecos, triturando al enemigo mediante raids rápidos, cargas de caballería y las singulares tácticas de retaguardia de los tártaros.
En el siglo XVIII, Pedro el Grande llevó a cabo su famosa reforma del Ejército ruso siguiendo el modelo europeo, pero decidió no tocar la caballería ligera, un elemento vital de la tradición militar oriental.
La caballería ligera tártara fue evolucionando al mismo tiempo que la caballería de choque, que se convirtió en elemento clave de todos los ejércitos europeos antes del siglo XX. Los jinetes armados con lanzas largas tenían un valor incalculable en el combate a caballo, ya que eran capaces de desmontar a un enemigo con la lanza a pleno galope y rematarlo con el sable.
El zar tenía buenos motivos para admirar las destrezas de los nómadas en la lucha; por tanto, los primeros regimientos de Lanceros Rusos fueron adiestrados por jinetes tártaro de las estepas del Mar Negro. En 1709, en la batalla de Poltava contra el hasta entonces invencible ejército suevo, los jinetes calmucos del Bajo Volga rechazaron un poderoso ataque de la infantería regular y contraatacaron hasta aplastar las filas suecas.
También los cosacos del Don adoptaron las refinadas tácticas bélicas de los tártaros mientras convivían con ellos. Los ejércitos napoleónicos descubrieron en carne propia las habilidades de las gentes de la estepa durante la invasión de Rusa en 1812.

La doble tradición del budismo en Rusia
Igual que los mongoles cansaban, atraían y rodeaban a las fuerzas rusas, los cosacos supusieron una pesadilla para los franceses, con sus ataques relámpago y la destrucción de los convoyes de provisiones. Sobre el papel que tuvieron en la derrota de su ejército, se dice que el propio emperador francés afirmó: “Si tuviese tan solo 10.000 cosacos, conquistaría el mundo entero”.
Aparte de la táctica, el aspecto del guerrero ruso con sus armas también se asemejaba mucho al de los mongoles hasta la reforma militar de Pedro el Grande.
Los primeros sables llegaron a Rusia en el siglo X, pero su uso se generalizó solo después de la invasión mongola. Era el arma perfecta para el jinete, ligero, fácil de blandir y excelente para dar reveses contra enemigos tanto a caballo como a pie. En el siglo XV, el sable ya había desbancado casi completamente a la espada tradicional en Rusia.

Los hijos de Gengis Khan
El arco también se convirtió en una de las armas más indispensables de los soldados rusos. Rusia fue el único país europeo que utilizó consistentemente el “sadaak”, el arma clásica del arquero a caballo, que consistía en un arco tensado en una funda y un carcaj de flechas cubierto. El “saadak” no era solo un arma, sino que también servía como símbolo de estatus en Rusia, al igual que en la cultura mongola. Se sabe que todos los zares anteriores a Pedro el Grande tuvieron un “sadaak” con ornamentos especiales en su tesoro.
Aunque en su día fue uno de los elementos clave que el ejército ruso adoptó de la práctica militar mongola, hoy en día la caballería casi está retirada de los anales de la historia. Pero la tradición militar de los hijos de las estepas aún florece hoy en día en Rusia y en todo el mundo: el grito de “¡Hurra!”, derivado de la raíz mongola “ur”, que quiere decir “golpear”, todavía resuena a través de los siglos desde las terribles cargas de los jinetes de Gengis Kan.

Rudolf Kucherov

O Simpson sempre acreditará na veja e na globo.Simpsons de todo mundo uni-vos em torno da mídia corporativa e seus patrocinadores financeiros made in seja lá o que for desde que eu tenha minhas rosquinhas de ignorância e fé nos dogmas da imagem, do texto sempre imparcial e honesto .

Wilson Roberto Nogueira

A questão Ucraniana .Um outro enfoque

Dois comboios de ajuda humanitária enviados pelos russos e nenhum de kiev ou do "ocidente" a região ucraniana cuja população se identifica com os laços históricos com Moscou, população que sofre um massacre sem a cobertura imparcial da imprensa subserviente aos interesses dos eua , população que procura não ser assassinada se exilando na Polonia revanchista ou na Alemanha dos banqueiros que estão sugando a Europa,não estão se refugiando na Russia.O que as bestas da guerra que atiçam com o sangue de inocentes o partido da guerra em Kiev não querem o bem estar do povo ucraniano e sim acesso ao mar negro e substituir a Russia como supridora de energia a kiev. Nenhum dos oligarcas seja pró Washington -União Européia ou pró Rússia estava interessado na integridade ucraniana ou nas condições de vida de mineiros, operários ou camponeses da Ucrania e sim quanto e como privatizar o estado para enriquecimento próprio e de seus sócios.A guerra é uma fábrica de cadáveres e lucros . Por isso ela jamais deve ser alvo do desejo de quem quer que não seja banqueiro, vendedor de armas, construtoras e incorporadoras,petróleo e gás,proxenetas, vendedores de drogas,de órgãos e politicos que são garantidos com mansões no exterior caso as coisas não deem certo , que são apoiados por aqueles que são conhecidos como criadores de escombros onde antes existiam países como o Iraque, a Libia, a Síria e agora a Ucrânia .


O Ministro brasileiro que para entrar na América tirou os sapatos

Ele poderia estar levando Antrax, o Patriot Act permitiu que o descendente de irlandeses da familia Kennedy(aquele que morreu por último ) fosse barrado-  vai ver que era do Sínn Fein, do Ira ...a paranóia fez com que muitos motoristas de taxi indianos fossem insultados e surrados.Tempos que aproximaram a mão da América a  assinarem leis que tornariam os americanos prisioneiros do medo de serem presos por suspeitarem de suas intenções próximas  do Estado policial que a propaganda americana e seus papagaio de pirata na imprensa corporativa brasileira aponta para países como China e Rússia.

Wilson Roberto Nogueira

Títulos do Tio Sam

penso que a economia brasileira não tenha ainda escala para comprar um bom lote de títulos do tesouro dos EUA , e nem avalio se é da conveniência do Brasil comprá-los.A China, o Japão , a Alemanha , a Arabia Saudita e Rússia possuem títulos do tesouro americano e o Brasil também , qual é a contraparte ...nosso "grau de investimento " analisado por empresas " idôneas" como Stanley & Poors ,et alii do mesmo quilate. Interessa ao capital produtivo ou ao especulativo , mais a tubarões como Soros sempre metido em politica e abutres como esses que estão tirando as últimas carnes da brava  Argentina .

Wilson Roberto Nogueira

Dificuldades a quem quiser na América Latina furar o bloqueio à Rússia

Os EUA seus sócios britânicos e os lacaios, desculpe parceiros da UE farão as pressões mais vis contra o Brasil e as empresas brasileiras que comerciarem com a Rússia , antes terão que apoiar candidaturas que desejem uma relação carnal ou mesmo no" plano espíritual" com o Tio Sam,que desmonte todas essas pontes a começar pelos Brics, mercosur, caspa (que nome feio ),unasur, unila e adira aos acordos patrocinados pelos EUA . Existe o custo Brasil e um oceano até a Rússia onde tudo pode acontecer .A Rússia perder o controle do Mar Negro ,Fecharem os Dardanelos ,o Báltico restando o Pacifico , atravessar o Canal do Panamá .A estrada do Pacifico acabou de ser construída, ainda não, ainda é projeto brecado por questões ambientais ou indigenas?Os EUA está rindo de orelha a orelha até poria suas fichas, digo dólares em ongs só para ver como o Brasil ilhado ajudaria a Rússia do isolamento, em que ela não estará graças a China.A não ser que os EUA espalhe a cizania entre India e China .Nada impede que surjam problemas no Penjab, Cashmir na India e em Sinkiang na China com fundamentalistas islâmicos .Fomentar desestabilizações é produto de situações conjunturais internas que são apoiadas por circunstancias externas.

Wilson Roberto Nogueira