quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
as jornadas de junho
Sérgio Braga
Mind the gap: a jovem classe média progressista
clama por mais Estado e por um Welfare State. A classe média conservadora
demanda um "governo ético e republicado". O PT não atende a ambas as
demandas na intensidade desejada e desse imbroglio aí pode surgir algo novo que
não seja uma mera candidatura personalista agitando ambas as bandeiras. Mas
acho que o governo Dilma retoma a iniciativa até as eleições e o PT continue a
ser o maior partido no congresso e até aumente sua bancada embora, para
desespero das forças conservadoras, com um certo crescimento das legendas mais
à esquerda. Entendida desse jeito aí a tese da "crise de
representatividade" faz até algum sentido.
Discussões anarquistas
Tullio Sartini - não sou sectário, não uso par de antolhos;
e o pensamento liberal da escola austríaca [o qual tenho minhas críticas] está
(todavia) mais próximo do anarquismo do que o socialismo marxista.
William Chinelato Quando você fala em escola austríaca, a
referência é Mises? Se for, discordo. Historicamente anarquismo e socialismo
marxista estão mais próximos.
William Chinelato Só para enriquecer esta discussão e
corroborar:
http://www.marxists.org/portugues/guerin/1973/11/06.htm
Anarquismo e Marxismo
www.marxists.org
Primeira Edição: Segundo uma fala feita em Nova Iorque em 6
de novembro de 1973....
William Chinelato Aliás, a tal escola austríaca que vem recebendo
bastante atenção nos últimos tempos e em especial da direita raivosa, por
tabela espaço na mídia, é bastante duvidosa para fazer criticas, ainda que o
seu alvo primeiro seja o socialismo marxista, isso não significa que ela casa
idéias com os pensamentos anarquistas clássicos de Bakunin ou Proudhon, aliás
este ultimo fazia feroz ataque ao capital, visto como uma forma de dominação.
Não é possível compactuar com este pensamento contraditório da escola austríaca
usado hoje pelo IMB defendendo idéias de livre associação empresarial, mas
criticando a associação dos trabalhadores (liberdade seletiva?). Impossível
acreditar que a escola austríaca tenha alguma similaridade com o anarquismo
clássico, quando defende com unhas e dentes o Capitalismo. O Anarquismo
clássico fez criticas pertinentes ao socialismo marxista, mas não deixou de
reconhecer os objetivos em comum. Já a duvidosa escola austríaca ao atacar o
socialismo e defender o capitalismo, por tabela se distancia de princípios
anarquistas clássicos. Contradição e apropriação indevida e conceitos
libertários duvidosos.
Caio Bruno O que vejo é que as pessoas acima não entendem
muito de ciência política, e muito menos de teorica econômica que formou as
concepções teóricas dos citados autores. De qualquer jeito, como meu amigo é o
Tullio, não cabe a mim, extender o assunto. Ele de fato tem razão no diz
respeito a escola austríaca, discordo inclusive de algumas críticas que ele
faz, tendo podido conversar sobre elas pessoalmente com ele. Em todo caso há
coerencia nesta relação anarquismo proudinoniano e liberalismo, quando o
próprio Von Mises e Hayek não querem o estado como meio regulador através de
impostps e da fiscalização produtora e entendem por meios desburocratizados, a
livre associação; diferem no anarquismo clássico sindicalista por uma concepção
de dinâmica competitiva e autonomia absoluta da relação da produção e
produtores. E mais a mamis, conforme o meu amigo Tullio diz...'' marxistas e
antinortemaricanos, nem deveriam usar o facebook, pois esta rede somente foi
possível através do contexto liberal capitalista'' que ele mesmo crítica, mas
não condena, havendo clara diferença entre a crítica de um ideário e a
condenação de um meio ou ideário que forma este meio.
Caio Bruno se vocês falam inglês, seria interessante ouvir
esta entrevista.....http://www.youtube.com/watch?v=km0-La2gGt4
Bork and
Hayek on so-called "Intellectuals"
www.youtube.com
A
conversation between distinguished legal scholar Robert Bork and Nobel Prize
w...Ver mais
Ontem às 00:18 · Curtir
Tullio Sartini - Quanto a Proudhon , de quem modéstia às favas
conheço bem o pensamento, ele era contra o capital por meio de propriedade
improdutiva, todavia não ao direito de posse, e se leram a teoria proudhoniana
sabem q ele discorre sua teoria a parir de um visão de desenvolvimento
mutualista, - paulatinamente ele substitui a semântica ''anarquia'' por
mutualismo, e é nisto que escola austríaca pode ter afinidade com o anarquismo
social. Bakunin merece outro comentário, até porque o contexto dele é outro, e
se desenvolverá por meios revolucionários. Enfim, eu disse:q não sou sectário,
já citei aqui autores marxistas e neomarxistas , e sou profundamente
antimarxista, e nem tão pouco aceito as concepções capitalistas de Von Mises,
embora ele tenha uma máxima genial : "Não há nada de errado em dizer às
pessoas que tributação é roubo, que regulamentação é transgressão, que leis
antidrogas são agressão, que políticos são criminosos, e que o estado é uma
monstruosa agência criminosa.", conquanto ele vai extender sua teoria de
livre mercado pela competitividade, e se afasta do ideário anárquico da
solidariedade;tornando uma contradição ao princípio básico do mutualismo q é a solidariedade;
ele mesmo reconhece isso, colocando óbvias distinções entre liberalismo e o
libertarismo proudhoniano. Friedrich Von Hayek já é uma outra conversa, pois
ele é mais um economista, do que um teórico político; as idéias de Von Hayek
apresentam sim concórdias com as teses de economia autônoma e autogestiva dos
anarquistas, ele mesmo reconhece isso, aliás é clássica a polêmica dele tantos
com os trabalhistas como o keynesianismo. Sim o anarquismo e o marxismo se
encontram históricament primeiramente na comuna de Paris e daí sempre se
desencontrarão, já Proudhon preconiza esse desencontro em o ''Sistema das
Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria''; a famigerada revolução
russa, será a esperança e a decepção de Kropotkin; e na revolução catalã terão
um grande encontro, e várias dissensões,. Os anarquistas sempre chutaram os
baldes e na idade moderna abriram caminhos para os grandes movimentos de
massa,tendo sido muitas vezes (senão sempre) usados perfidamente pelos
comunistas. Os autênticos anarquistas , jamais se renderam e se renderão ao
estatismo e o autoritarismo que dele advem; daí é mais óbvio um processo que
crie condições ao advento Acrata através do liberalismo do que através do
socialismo de estado. Um anarquista é antes de tudo alguém que busca a
autonomia em todos os sentidos ( inclusive a intelectual) nega a submissão
verticalizadora, e socialmente é alguém que luta pela solidariedade e o
desmantelamento da máquina estatal, a qual podemos também chamar de governo.
Pessoalmente, eu, Tullio Sartini, gosto de acreditar na possibilidade de um
processo no qual a dialética é o meio mais patente (a dialética racional e não
uma pseudodialética maniqueista) por isso transito em difentes ideários e
idéías, preferindo idéias do que ideologias, contudo, mantendo a minha postura,
contra o Estado, contra o latifúndio, em suma contra a hierarquização
centralizadora e institucionalizante do poder e seus monopólios, usados através
do meios tributários e militares. são essas as minhas premissas, o resto pra
mim é hermenêutica.
Tullio Sartini - sim, Caio eu afirmo o que disse algumas vezes:
marxistas e anti-estadunidenses não deveriam usar este bagulho, há uma diferença
entre criticar e condenar, critico o modelo estadunidense, como critico
(também) todos os paradigmas convencionalizaram a sociedade pós- industrial e a
pós-modernidade, e porquanto não acredito em modelos fixos, .enfim to nem aí!
sou do partido tô cagando e andando. ademais, no fundo no fundo, não sei se a
espécie humana é digna de tanta preocupação, é muita complexa sim, contem
variáveis e variantes infindas! muitas vezes sórdidas.
Tullio Sartini -por fim, lhes digo, acho q alguem muito
citado pelos marxistas, cujo o nome é Foucault, estaria de acordo comigo. em
relação a Von Hayek...http://gambiarre.files.wordpress.com/.../foucault...
William Chinelato Também não pretendo estender esta
discussão pois quando contamina-se uma discussão com a análise de
interlocutores sem conhece-los e não de argumentos, corre-se riscos
desnecessários. É uma linha tênue (para não fugir da razão) fazer criticas a um
governo belicista e imperialista e que apesar do discurso "liberal",
na prática faz opressão defendendo três pilares que anarquistas condenavam no
século XIX: Capital, Estado e Igreja. A extensão disso (presente), para um
sentimento anti-EUA generalizado infelizmente existe, mas ai já estamos
entrando em fundamentalismos que não cabem aqui. O que se faz muitas vezes são
criticas pontuais, afinal não existe exatidão nesse tipo de ciência (humanas),
mas é possível recorrer a História para ver como ela acaba se repetindo. A
unica coisa que discordo frontalmente é esta questão da utilização do meio
"feicibuque"e outras tecnologias por marxistas, dando crédito a
Chomsky:
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Sartini
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Pedágio do Paraná
Hoje temos novo aumento nas tarifas de pedágio do Paraná. É
o aumento anual, previsto em contrato, que estabelece uma média entre quatro
índices de inflação e o governo do Estado chama de reposição de custos. Ok! O
cálculo é pela inflação. Tudo bem, mas tem uma coisa que não consigo entender:
como podem aplicar a média de índices "cheios" de inflação para
quando a origem de receita está em permanente ampliação? Deveria existir um
deflator para o índice médio equivalente à proporção de aumento do tráfego no
período. E, em anos com menor tráfego, o aumento deveria ficar acima da
inflação, por óbvio. Mas não, aplicam a média da inflação anual e pronto. Com
isso, as concessionárias têm ganhos reais todos os anos, ainda que apliquem
apenas a inflação. Por exemplo: imagine que no primeiro ano de concessão foi
registrada a média de 100 veículos por hora nas rodovias. Ao final desse ano
aplicou-se a inflação do período como índice de reajuste. Ok! No ano seguinte
foi registrada uma média de 110 veículos por hora e a inflação do período foi
de 5%. Se aplicarmos todos os 5%, estaremos desconsiderando que houve 10% a
mais de veículos que pagaram pedágio naquele ano, o que resultaria em dupla
reposição - a da inflação e o do aumento do número de pagamentos nas praças de
pedágio. O correto, parece-me, seria considerar que o crescimento de 10% de
veículos naquele ano deve ser "retirado" do índice "cheio"
da reposição. Assim, ao invés dos 5% da inflação, o reajuste seria de 4,5%.
Porém, parece que não é isso que acontece. Todos os anos temos aumentos
significativos de tráfego nas rodovias, as concessionárias fazem basicamente a
manutenção (a ampliação da infra-estrutura não acompanha as necessidades
geradas pelo aumento no tráfego) e desconsideram que mais veículos significam
mais receita para o sistema. Cobram a reposição da inflação como se o número de
veículos em 2013 nas nossas rodovias fosse o mesmo de 1996, quando o sistema
começou a operar. Olha, se calcularmos o acumulado dessa diferença nos quase 20
anos de concessão, chegaremos a uma pequena fortuna que os usuários pagaram
"a mais". Porém, o incrível mesmo é que o Governo do Estado diz
contratar várias consultorias para analisar o sistema e parece que não
conseguem ver o "óbvio ululante". Enfim, concluo que o problema
definitivamente não é técnico. Mas, se eu estiver errado, por favor, fique à
vontade para me corrigir.
Emerson Urizzi Cervi
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