quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O PT é o continuador social da obra civilizatória Pombalina e Varguista, agora com democracia

O PT é o continuador social da obra civilizatória Pombalina e Varguista, agora com democracia. Dilma e Lula continuam a trajetória de sociogênese e construção do Estado Nacional, ampliação da cidadania e extensão dos direitos para a maioria da população. As raízes desse processo são muito antigas. Os brasileiros de origens coloniais portuguesas tiveram o desafio de modernizar e atualizar um dos mais antigos Estados Nacionais do mundo, em uma das maiores ampliações territoriais e populacionais da história. Nós, os que somos os brasileiros descendentes de portugueses coloniais fundadores do Estado do Brasil e de suas povoações, temos a responsabilidade na inclusão social no século XXI de todas as populações remotas, assimiladas e vindas para o nosso Estado. Muitas etapas foram percorridas nos últimos séculos. Getúlio Vargas, a República, os Imperadores Pedro, o Marquês de Caravelas e antes também situamos o Marquês de Pombal, o criador do centro político-estatal (ao transferir a capital política para o Rio de Janeiro) e extinguir as Capitanias Hereditárias, o padronizador da língua nacional e universal, que se torna o português brasileiro, o estimulador da mestiçagem nacional com os índios (Pombal descendia mitocondrialmente de índias pernambucanas), quem aboliu as diferenças entre cristãos velhos e cristãos novos, aboliu a escravatura em Portugal, porém no Brasil ainda se passariam séculos incompletos para a necessária inclusão social dos negros, mas os paradigmas políticos pombalinos foram lançados. Muitos pequenos Estados europeus desapareceram no século XVIII, mas o Brasil, a grande estrela do Império Português, forjou as bases para se tornar um dos maiores Estados do mundo com suas fortes e vigorosas raízes. Estado nacional, cidadania e democracia ainda mais reforçados com o protagonismo político do subalternos.


Rco
FICO AQUI, PENSANDO NAS CONVERSAS ENTRE LEANDRO KONDER E MANOEL DE BARROS, a partir dessa triste semana. Queria ser uma mosquinha fantasma para ouvi-los. FIQUEM BEM. O MUNDO FICA MAIS POBRE SEM VOCÊS.

Aprendimentos

O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura
é o caminho que o homem percorre para se conhecer.
Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim
falou que só sabia que não sabia de nada.
Não tinha as certezas científicas. Mas que aprendera coisas
di-menor com a natureza. Aprendeu que as folhas
das árvores servem para nos ensinar a cair sem
alardes. Disse que fosse ele caracol vegetado
sobre pedras, ele iria gostar. Iria certamente
aprender o idioma que as rãs falam com as águas
e ia conversar com as rãs.
E gostasse mais de ensinar que a exuberância maior está nos insetos
do que nas paisagens. Seu rosto tinha um lado de
ave. Por isso ele podia conhecer todos os pássaros
do mundo pelo coração de seus cantos. Estudara
nos livros demais. Porém aprendia melhor no ver,
no ouvir, no pegar, no provar e no cheirar.
Chegou por vezes de alcançar o sotaque das origens.
Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno
grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite!
Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles —
esse pessoal.
Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova.
Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que
achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam
que o fascínio poético vem das raízes da fala.
Sócrates falava que as expressões mais eróticas
são donzelas. E que a Beleza se explica melhor
por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei
sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.


Fonte : Wanirley  Pedroso Guelfi