quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
as jornadas de junho
Sérgio Braga
Mind the gap: a jovem classe média progressista
clama por mais Estado e por um Welfare State. A classe média conservadora
demanda um "governo ético e republicado". O PT não atende a ambas as
demandas na intensidade desejada e desse imbroglio aí pode surgir algo novo que
não seja uma mera candidatura personalista agitando ambas as bandeiras. Mas
acho que o governo Dilma retoma a iniciativa até as eleições e o PT continue a
ser o maior partido no congresso e até aumente sua bancada embora, para
desespero das forças conservadoras, com um certo crescimento das legendas mais
à esquerda. Entendida desse jeito aí a tese da "crise de
representatividade" faz até algum sentido.
Discussões anarquistas
Tullio Sartini - não sou sectário, não uso par de antolhos;
e o pensamento liberal da escola austríaca [o qual tenho minhas críticas] está
(todavia) mais próximo do anarquismo do que o socialismo marxista.
William Chinelato Quando você fala em escola austríaca, a
referência é Mises? Se for, discordo. Historicamente anarquismo e socialismo
marxista estão mais próximos.
William Chinelato Só para enriquecer esta discussão e
corroborar:
http://www.marxists.org/portugues/guerin/1973/11/06.htm
Anarquismo e Marxismo
www.marxists.org
Primeira Edição: Segundo uma fala feita em Nova Iorque em 6
de novembro de 1973....
William Chinelato Aliás, a tal escola austríaca que vem recebendo
bastante atenção nos últimos tempos e em especial da direita raivosa, por
tabela espaço na mídia, é bastante duvidosa para fazer criticas, ainda que o
seu alvo primeiro seja o socialismo marxista, isso não significa que ela casa
idéias com os pensamentos anarquistas clássicos de Bakunin ou Proudhon, aliás
este ultimo fazia feroz ataque ao capital, visto como uma forma de dominação.
Não é possível compactuar com este pensamento contraditório da escola austríaca
usado hoje pelo IMB defendendo idéias de livre associação empresarial, mas
criticando a associação dos trabalhadores (liberdade seletiva?). Impossível
acreditar que a escola austríaca tenha alguma similaridade com o anarquismo
clássico, quando defende com unhas e dentes o Capitalismo. O Anarquismo
clássico fez criticas pertinentes ao socialismo marxista, mas não deixou de
reconhecer os objetivos em comum. Já a duvidosa escola austríaca ao atacar o
socialismo e defender o capitalismo, por tabela se distancia de princípios
anarquistas clássicos. Contradição e apropriação indevida e conceitos
libertários duvidosos.
Caio Bruno O que vejo é que as pessoas acima não entendem
muito de ciência política, e muito menos de teorica econômica que formou as
concepções teóricas dos citados autores. De qualquer jeito, como meu amigo é o
Tullio, não cabe a mim, extender o assunto. Ele de fato tem razão no diz
respeito a escola austríaca, discordo inclusive de algumas críticas que ele
faz, tendo podido conversar sobre elas pessoalmente com ele. Em todo caso há
coerencia nesta relação anarquismo proudinoniano e liberalismo, quando o
próprio Von Mises e Hayek não querem o estado como meio regulador através de
impostps e da fiscalização produtora e entendem por meios desburocratizados, a
livre associação; diferem no anarquismo clássico sindicalista por uma concepção
de dinâmica competitiva e autonomia absoluta da relação da produção e
produtores. E mais a mamis, conforme o meu amigo Tullio diz...'' marxistas e
antinortemaricanos, nem deveriam usar o facebook, pois esta rede somente foi
possível através do contexto liberal capitalista'' que ele mesmo crítica, mas
não condena, havendo clara diferença entre a crítica de um ideário e a
condenação de um meio ou ideário que forma este meio.
Caio Bruno se vocês falam inglês, seria interessante ouvir
esta entrevista.....http://www.youtube.com/watch?v=km0-La2gGt4
Bork and
Hayek on so-called "Intellectuals"
www.youtube.com
A
conversation between distinguished legal scholar Robert Bork and Nobel Prize
w...Ver mais
Ontem às 00:18 · Curtir
Tullio Sartini - Quanto a Proudhon , de quem modéstia às favas
conheço bem o pensamento, ele era contra o capital por meio de propriedade
improdutiva, todavia não ao direito de posse, e se leram a teoria proudhoniana
sabem q ele discorre sua teoria a parir de um visão de desenvolvimento
mutualista, - paulatinamente ele substitui a semântica ''anarquia'' por
mutualismo, e é nisto que escola austríaca pode ter afinidade com o anarquismo
social. Bakunin merece outro comentário, até porque o contexto dele é outro, e
se desenvolverá por meios revolucionários. Enfim, eu disse:q não sou sectário,
já citei aqui autores marxistas e neomarxistas , e sou profundamente
antimarxista, e nem tão pouco aceito as concepções capitalistas de Von Mises,
embora ele tenha uma máxima genial : "Não há nada de errado em dizer às
pessoas que tributação é roubo, que regulamentação é transgressão, que leis
antidrogas são agressão, que políticos são criminosos, e que o estado é uma
monstruosa agência criminosa.", conquanto ele vai extender sua teoria de
livre mercado pela competitividade, e se afasta do ideário anárquico da
solidariedade;tornando uma contradição ao princípio básico do mutualismo q é a solidariedade;
ele mesmo reconhece isso, colocando óbvias distinções entre liberalismo e o
libertarismo proudhoniano. Friedrich Von Hayek já é uma outra conversa, pois
ele é mais um economista, do que um teórico político; as idéias de Von Hayek
apresentam sim concórdias com as teses de economia autônoma e autogestiva dos
anarquistas, ele mesmo reconhece isso, aliás é clássica a polêmica dele tantos
com os trabalhistas como o keynesianismo. Sim o anarquismo e o marxismo se
encontram históricament primeiramente na comuna de Paris e daí sempre se
desencontrarão, já Proudhon preconiza esse desencontro em o ''Sistema das
Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria''; a famigerada revolução
russa, será a esperança e a decepção de Kropotkin; e na revolução catalã terão
um grande encontro, e várias dissensões,. Os anarquistas sempre chutaram os
baldes e na idade moderna abriram caminhos para os grandes movimentos de
massa,tendo sido muitas vezes (senão sempre) usados perfidamente pelos
comunistas. Os autênticos anarquistas , jamais se renderam e se renderão ao
estatismo e o autoritarismo que dele advem; daí é mais óbvio um processo que
crie condições ao advento Acrata através do liberalismo do que através do
socialismo de estado. Um anarquista é antes de tudo alguém que busca a
autonomia em todos os sentidos ( inclusive a intelectual) nega a submissão
verticalizadora, e socialmente é alguém que luta pela solidariedade e o
desmantelamento da máquina estatal, a qual podemos também chamar de governo.
Pessoalmente, eu, Tullio Sartini, gosto de acreditar na possibilidade de um
processo no qual a dialética é o meio mais patente (a dialética racional e não
uma pseudodialética maniqueista) por isso transito em difentes ideários e
idéías, preferindo idéias do que ideologias, contudo, mantendo a minha postura,
contra o Estado, contra o latifúndio, em suma contra a hierarquização
centralizadora e institucionalizante do poder e seus monopólios, usados através
do meios tributários e militares. são essas as minhas premissas, o resto pra
mim é hermenêutica.
Tullio Sartini - sim, Caio eu afirmo o que disse algumas vezes:
marxistas e anti-estadunidenses não deveriam usar este bagulho, há uma diferença
entre criticar e condenar, critico o modelo estadunidense, como critico
(também) todos os paradigmas convencionalizaram a sociedade pós- industrial e a
pós-modernidade, e porquanto não acredito em modelos fixos, .enfim to nem aí!
sou do partido tô cagando e andando. ademais, no fundo no fundo, não sei se a
espécie humana é digna de tanta preocupação, é muita complexa sim, contem
variáveis e variantes infindas! muitas vezes sórdidas.
Tullio Sartini -por fim, lhes digo, acho q alguem muito
citado pelos marxistas, cujo o nome é Foucault, estaria de acordo comigo. em
relação a Von Hayek...http://gambiarre.files.wordpress.com/.../foucault...
William Chinelato Também não pretendo estender esta
discussão pois quando contamina-se uma discussão com a análise de
interlocutores sem conhece-los e não de argumentos, corre-se riscos
desnecessários. É uma linha tênue (para não fugir da razão) fazer criticas a um
governo belicista e imperialista e que apesar do discurso "liberal",
na prática faz opressão defendendo três pilares que anarquistas condenavam no
século XIX: Capital, Estado e Igreja. A extensão disso (presente), para um
sentimento anti-EUA generalizado infelizmente existe, mas ai já estamos
entrando em fundamentalismos que não cabem aqui. O que se faz muitas vezes são
criticas pontuais, afinal não existe exatidão nesse tipo de ciência (humanas),
mas é possível recorrer a História para ver como ela acaba se repetindo. A
unica coisa que discordo frontalmente é esta questão da utilização do meio
"feicibuque"e outras tecnologias por marxistas, dando crédito a
Chomsky:
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Sartini
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Pedágio do Paraná
Hoje temos novo aumento nas tarifas de pedágio do Paraná. É
o aumento anual, previsto em contrato, que estabelece uma média entre quatro
índices de inflação e o governo do Estado chama de reposição de custos. Ok! O
cálculo é pela inflação. Tudo bem, mas tem uma coisa que não consigo entender:
como podem aplicar a média de índices "cheios" de inflação para
quando a origem de receita está em permanente ampliação? Deveria existir um
deflator para o índice médio equivalente à proporção de aumento do tráfego no
período. E, em anos com menor tráfego, o aumento deveria ficar acima da
inflação, por óbvio. Mas não, aplicam a média da inflação anual e pronto. Com
isso, as concessionárias têm ganhos reais todos os anos, ainda que apliquem
apenas a inflação. Por exemplo: imagine que no primeiro ano de concessão foi
registrada a média de 100 veículos por hora nas rodovias. Ao final desse ano
aplicou-se a inflação do período como índice de reajuste. Ok! No ano seguinte
foi registrada uma média de 110 veículos por hora e a inflação do período foi
de 5%. Se aplicarmos todos os 5%, estaremos desconsiderando que houve 10% a
mais de veículos que pagaram pedágio naquele ano, o que resultaria em dupla
reposição - a da inflação e o do aumento do número de pagamentos nas praças de
pedágio. O correto, parece-me, seria considerar que o crescimento de 10% de
veículos naquele ano deve ser "retirado" do índice "cheio"
da reposição. Assim, ao invés dos 5% da inflação, o reajuste seria de 4,5%.
Porém, parece que não é isso que acontece. Todos os anos temos aumentos
significativos de tráfego nas rodovias, as concessionárias fazem basicamente a
manutenção (a ampliação da infra-estrutura não acompanha as necessidades
geradas pelo aumento no tráfego) e desconsideram que mais veículos significam
mais receita para o sistema. Cobram a reposição da inflação como se o número de
veículos em 2013 nas nossas rodovias fosse o mesmo de 1996, quando o sistema
começou a operar. Olha, se calcularmos o acumulado dessa diferença nos quase 20
anos de concessão, chegaremos a uma pequena fortuna que os usuários pagaram
"a mais". Porém, o incrível mesmo é que o Governo do Estado diz
contratar várias consultorias para analisar o sistema e parece que não
conseguem ver o "óbvio ululante". Enfim, concluo que o problema
definitivamente não é técnico. Mas, se eu estiver errado, por favor, fique à
vontade para me corrigir.
Emerson Urizzi Cervi
domingo, 6 de outubro de 2013
Bandeirantes , monumentos e índios
Ricardo Costa de Oliveira :Os bandeirantes também eram parcialmente índios, que criaram
e fundaram Curitiba. Foram os nossos primeiros povoadores, com os nossos mesmos
sobrenomes. Eram guerreiros da nossa raça e língua, como diriam os antigos
códices. O que é hoje São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso somente são territórios
brasileiros porque foram conquistados, criados e fundados pelos bandeirantes.
Sem os bandeirantes as mulheres da nossa comunidade teriam recebido, dos índios
e inimigos castelhanos do outro lado da fronteira, o mesmo destino recebido
pela família de Ana Terra, personagem de O Tempo e o Vento. Vá e veja !
Marcos Araujo: Isto tudo que o Ricardo Costa de Oliveira
falou é verdade. Eles conquistaram o Brasil e criaram ele. O seu heroísmo
colonizador é bastante conhecido. O monumento de Brecheret aponta para isso,
mas também não devemos esquecer que eles tinham um objetivo somente no seculos
XVI e XVII, o sangue indígena.@estupro, morte, escravidão, maldade e
perversidade eram a tônica. Alguém vai dizer que os homens eram assim! E é
verdade. Ms não somos mais! Então esta é uma contradição da nossa sociedade.
Sabemos que nossos pais agiram errado, mataram e tudo mais, mas eram nossos
pais! Sugiro que se construa um monumento à resistência indígena na frente do
atual e que ninguém suje o monumento!
Análise de conjuntura
" Dilma tende a vencer porque a oposição só
apresenta nomes e propostas bem piores do que a atual média governamental. O
PSDB confirma a sua vocação neoliberal e oligárquica com um Aécio Neves.
Eduardo Campos apoiava o governo Dilma e o PT até o mês passado e tal como
Aécio é o resultado da reprodução da classe dominante via o tradicional
nepotismo familiar de avô para neto. Campos dificilmente empolgará
nacionalmente muito além do seu fraco partido, agora rachado com a saída dos
vizinhos cearenses da família Gomes. Marina não decolou além da sua restrita
base de evangélicos e ambientalistas, mesmo turbinada pela mídia na eleição
passada, não teve a capacidade de criar mais uma legenda de aluguel para tentar
imitar um Collor no PRN ou um Jânio no PTN. Joaquim Barbosa, tal como Marina,
outra cria direta de Lula, parece estar cada vez mais afastado pelas suas
contradições e perseguições aos jornalistas. Barbosa parece estar mais adequado
ao apartamento dele em Miami do que ao Palácio do Planalto.
O governo de Dilma segue na média (diriam os otimistas que é
a norma política real possível na velocidade de cruzeiro da coalizão
majoritária e os pessimistas diriam que é a continuidade da tradicional
mediocridade política de Brasília). A corrupção não é diferente dos outros
períodos nos últimos 500 anos, bem como a desigualdade social estrutural
persiste, mas até caiu substancialmente um pouco nos últimos 10 anos. A
economia cresce positivamente, cresce mais do que no ano passado, devendo o PIB
crescer um pouco abaixo de 3% em 2013, um resultado razoável para um ano de
crise mundial. O emprego está bom e continua crescendo, houve um grande aumento
no número de trabalhadores com novas carteiras de trabalho. Os dissídios, as
greves e a grande maioria das convenções conseguiram salários elevados acima da
inflação, mas ainda considerados internacionalmente baixos, porém os mais altos
nos últimos 50 anos no país. A indústria automotiva cresce, o Brasil ultrapassou
a Alemanha e agora passa a ser o quarto país que mais vende carros no mundo. A
política social e a bolsa família compensam um pouquinho os privilégios da
bolsa-ricos dos juros. O governo tem boa avaliação entre os mais pobres e que
precisam de muito mais políticas sociais. A infraestrutura segue enrolada, o
que também não é novidade ou exclusividade do atual período e precisa ser
melhorada. A saúde motiva o popular programa de mais médicos importados, os
indicadores sociais de saúde melhoraram nos últimos 10 anos, mas são
necessários mais investimentos e muitas outras políticas na área. A educação
segue na média, algumas novidades na criação de mais instituições federais, mas
continuam longas greves, como a dos professores das federais e de redes estaduais
e municipais mais politizadas. A ilusória política de cotas não conseguiu
esconder o fato do aumento do número de analfabetos, ainda que causado pelo
aumento da expectativa de vida e da longevidade dos idosos nordestinos pobres.
As manifestações de junho foram muito mais um protesto de
segmentos insatisfeitos com temas genéricos do que uma expressão política
somente dirigida contra a então alta popularidade artificial de Dilma no começo
do ano. Três forças motrizes organizadas e absolutamente incompatíveis entre si
procuraram se aproveitar das manifestações espontâneas: A extrema-esquerda, a
direita e a mídia-manipuladora-partido-de-oposição. Após mais de dez anos de
análises de conjuntura equivocadas e de derrotas políticas em comum, o
desespero dos três grupos convergiu e procuraram passar a falsa impressão de um
país instável e em crise, tentando derrubar a ordem vigente da coalizão
Lulo-Dilmista. Por mais que tentem inventar uma imaginária e terrível crise
existencial, moral, política, social e econômica, a realidade é bem outra.
Dilma, o PT e os seus aliados e simpatizantes seguram bem pelo menos 40% do
eleitorado e permanecem regularmente na frente como favoritos à reeleição, o
que os coloca com a força hegemônica mais viável na corrida presidencial de
2014.
Dilma e o PT deveriam aproveitar os protestos para avançarem
nacionalmente na política do transporte coletivo urbano, encamparem e
estatizarem o sistema coletivo de transportes urbanos das poucas famílias
privadas empresariais do setor, criarem metrôs no sistema chinês. Dilma e o PT
devem pensar grande e com qualidade para investirem em um real projeto de
ampliação da educação de qualidade pública e gratuita, muito além da
fraquíssima e limitadíssima política de cotas, se quiserem reverter o aumento
do analfabetismo e quiserem dar um salto nacional efetivo de qualidade na
educação. Continuar avançando na criação e ampliação de políticas sociais
urbanas e rurais. Uma política nacional de saneamento e a erradicação completa
de trabalho infantil estão no horizonte das possibilidades. Políticas nacionais
de segurança e direitos humanos para a ampliação da segurança pública. Outro
poderoso neo aliado estratégico do governo federal é o agronegócio, o salvador
da lavoura e das exportações nos últimos anos. A agricultura familiar e o
agronegócio devem ser estimulados conjuntamente a colonizar novas áreas no
Centro-Oeste e na Amazônia, implementando 500.000 pequenos agricultores e
sem-terra no Pará, somente com a construção da nova rodovia PA-167 e com a construção
das novas usinas hidrelétricas na Amazônia. Lembremos que os brasileiros são os
descendentes diretos dos arrojados bandeirantes, negros e tupis, que realizaram
a unificação política da placa Centro-Atlântico-Amazônica, a metade da América
do Sul, ocupada bravamente pela nossa gente e língua. Os produtores rurais
querem estabilidade, apoio à produção e distribuição de suas megassafras em
expansão.
A maioria do eleitorado brasileiro tem a plena consciência
que a vida melhorou nos últimos dez anos e que Dilma e o PT são os mais
capacitados para continuarem a enfrentar os problemas para os próximos quatro
anos. Com políticas ousadas e determinadas no transporte urbano coletivo, na
educação, na ciência, na tecnologia, na infraestrutura e na agropecuária, um
segundo governo 2015-2018 estará garantido com sucessos bem acima da média do
período 2011-2014."
Ricardo Costa de Oliveira
domingo, 22 de setembro de 2013
Síndrome de paralisia hiperativa
Sérgio Braga
o fato político mais
significativo da semana, no meu modesto entender, não foi um arroubo retórico,
mas uma ausência: a de qualquer menção a "julgamento do mensalão" ou
"indignação contra a corrupção endêmica" no programa de lançamento da
candidatura Aécio Neves pelo PSDB, muitíssimo bem feito por sinal. Já vi
politólogos dizerem que o candidato não tem condições sequer de chegar no
segundo turno, o que acho um ledo e ivo engano como dizia o saudoso Ivan Lessa.
Trata-se de dos um políticos mais talentosos que temos e que sabe onde quer
chegar e como, e não um poste sem sal como José Serra e outros tucanos. Não
deve de nenhuma maneira ser subestimado, como vi alguns politólogos mais
eufóricos fazendo por aí, pelo menos antes de junho...
Romênia
Meio que não se fala mais no assunto, pelo menos entre os
jovens. Ainda que uma amiga de facebook daquelas bandas, por conta de uma bulha
com mineração de ouro, tenha postado um blog com um texto meio idiota, e com
uma foto do casal Ceausescu durante o julgamento, na véspera de sua execução, o
que provocou troca de ofensas até meio pesadas. De concreto, há a eterna
rivalidade com os húngaros, que tem provocado alguma tensão no país, principalmente
em regiões da Transilvânia de população magiar (eles fazem questão de
diferenciar húngaros de magiares, que incluem romenos descendentes de húngaros
e sículos, de boa população na região de Brasov), e pichações em várias
cidades, mas principalmente na capital, com os dizeres "Bessarábia é
Romênia", outro assunto espinhoso, já que a Bessarábia hoje é
independente, é a atual República da Moldávia. Só tive oportunidade de falar de
política com um parente da dona Vanna, aqui da livraria Leonardo da Vinci, que
me recebeu no aeroporto e me convidou para jantar na casa dele. Como já tem uma
certa idade, viveu os períodos Ceausescu e Gheorghiu-Dej; perguntei a ele se
Ceausescu tinha matado muita gente, e o que me respondeu foi que até que não,
não porque não quisesse, mas porque Gheorghiu-Dej já tinha matado todo mundo.
Ceausescu era mais um bufão, assassino também, mas em muito menor escala do que
Anna Pauker e Gheorghiu-Dej. Talvez porque não estivesse muito atento a isso, e
porque as televisões dos hotéis só pegassem, de noticiário, redes mais
sensacionalistas, que estavam mais preocupadas com aquele palhaço mafioso do
Steaua Bucareste, que foi preso enquanto eu estava lá, não senti da parte dos
romenos muito saudosismo, não. Pelo contrário, ainda têm muito ódio da
Securitate, me apontavam cada prédio que tinha servido de escritório deles, e o
edifício onde ficava o Quartel-General, perto do meu hotel. Acho que tirei uma
foto do prédio. E uma curiosidade: a fortaleza medieval de Fagaras, que
visitei, e onde tirei muitas fotos, no tempo do Gheorghiu-Dej, lá pelos anos
50, serviu de prisão e centro de torturas e lavagem cerebral. Isso depois que
os dirigentes comunistas saquearam o castelo, levando ou destruindo peças
históricas e obras de arte valiosíssimas. Reconstruíram o museu a duras penas,
bem mais pobre e mobiliado com réplicas dos móveis originais. Visitei e
fotografei o museu, a fortaleza e a torre medieval onde funcionavam as celas
dos prisioneiros dos comunistas. Segundo o parente da dona Vanna, os romenos
nunca foram comunistas, como um todo, é claro, consideravam os soviéticos
invasores, daí a polícia secreta comunista mais temida ter sido a Securitate,
cujos agentes foram caçados pelas ruas durante a revolução de 89. Mas, por
outro lado, sabe como é, era temida porque tinha agentes por toda a parte,
principalmente nas instituições mais corruptas do país, como a Igreja
Ortodoxa...
André Luis Moreira
domingo, 8 de setembro de 2013
Sete de Setembro em Curitiba
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
definiria
o efeito poético como a capacidade que um texto oferece de continuar a gerar
diferentes leituras, sem nunca se consumir de todo.
- Umberto Eco
DEPOIS DO TRABALHO
A cabana e algumas árvores
pairam na névoa que sopra
Eu tiro sua blusa
e aqueço minhas mãos frias
nos seus seios
você ri e estremece
descascando alho junto ao
calor do fogão.
recolho o machado, o ancinho,
a lenha
nos encostaremos na parede
um contra o outro
um guisado cozinha devagar no fogo
enquanto anoitece
bebendo vinho.
Gary Snyder.
A Cor do Invisível
Ah! Os relógios
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológicos...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de Poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
- Mario Quintana
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológicos...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de Poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
- Mario Quintana
Foto: Acervo CCMQ
___
* Poemas de Quintana: http://www.elfikurten.com.br/2012/04/mario-quintana-escrita-da-vida-do.html
** Conheça a vida e obra em: http://www.elfikurten.com.br/2011/01/mario-quintana-o-poeta-das-coisas.htm
[Todos homens sonham, mas, não da mesma forma. Os que sonham
a noite, nos mais fundos recessos de suas mentes, despertam no amanhecer para
descobrir que tudo não passava de vaidade. Mas os sonhadores do dia são homens
perigosos, pois podem lutar por seus sonhos de olhos abertos e converte-los em
realidade.]
by T. E. Lawrence
Cat sottile
Morsi senza denti
E insegna orgasmi
Bocca piccola impedisce
Armeggiare nella figa
Arde nel mio
Attaccando momento felice
Mettere la salsa occhi
E quando si inizia
La dodge ancora un po '
Che muoiono per tutto il tempo.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
sábado, 1 de junho de 2013
[O bom de não ser um
gênio, é q você não precisa se esforçar pra ser normal.] by Josemar Vidal Jr.
domingo, 31 de março de 2013
Zweig e o Brasil
Zweig idealizou as relações inter-raciais no Brasil
(ler raízes do Brasil de Sergio Buarque de Holanda -a cordialidade que vela o
preconceito insidioso sob a máscara )e foi útil a ideologia do Estado Novo( a
criação da identidade nacional (a raça brasileira a partir da miscigenação das
três etnias fundadora da brasilidade indígena, branca e negra -ver Casa Grande
& Senzala de Gilberto Freyre )a partir da relação povo- Estado-líder( não
existia um estado nacional antes de 1930,só formalmente posto que a elite eurocêntrica
via o país a partir de suas fazendas de café , como sua propriedade onde não
havia espaço pro povo mestiço, indígena ou negro , só como mão de obra.)Getúlio
Vargas subsidiou as artes e a ciência no país com vistas a concretização e
naturalização desse projeto de estado nação. Apesar de ditador (década de
trinta )o regime autoritário cooptou vários artistas e estudiosos que
embarcaram na idéia de traduzir o país aos brasileiros e aos estrangeiros.Uma
leitura oficial e oficiosa de Brasil.Para isso sociólogos,politólogos,escritores
mas sobretudo cineastas como Orson Welles e escritores como Zweig foram
embaixadores desse Brasil dos sonhos.É claro que Zweig precisava acreditar que
afinal o mundo não era o inferno que a Europa estava se transformando (para a
cultura -iídiche por exemplo- para a vida dos judeus).Um paraíso era possível e estaria ele no Brasil (?)será que o suicídio de Estefan e de sua esposa seriam a
consciência de que a cordialidade era só um verniz e seu livro ,sim, era mais
importante que sua condição de refugiado judeu?
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Foguetes norte coreanos no ano da serpente.
Ameaça ao Japão e a Coréia do Sul ou seja o interesse e a
integridade dos cidadãos dos EUA(nessa ordem ) e de seus aliados(Propaganda
?).Afeta os interesses estratégicos dos EUA(de suas corporações sobretudo e do
Japão que possui apólices do tesouro e quer desviar , no caso do Japão seus
problemas internos unindo o povo sob o temor de um inimigo externo.)A China é
um player global aliada tradicional de Pyongiang que é o fiel da naquela
região.A Coréia do sul tem para com o norte uma política pendular que não se
permite influenciar mais por Washington.O Japão está em uma nova encruzilhada
em sua história.A possibilidade de fazer valer seus pontos de vista na região
(questões de fronteiras e rearmamento, negacionismo ou não aos crimes de guerra
e as cicatrizes que podem ser instrumentalizadas ou não pela China segundo se
mostrem oportunas)O que está em jogo no Extremo Oriente é mais complexo e os
contrapesos (além do desgaste econômico que uma guerra levaria aos cofres dos
eua) servem de desestimulo a uma aventura bélica como nos tempos de Theodore
Roosvelt ou Bush Jr.
Wilson Roberto Nogueira
domingo, 27 de janeiro de 2013
"de pensamiento es la guerra que se nos libra; ganémosla a fuerza de pensamiento"
José Martí
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
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