Tullio Sartini - não sou sectário, não uso par de antolhos;
e o pensamento liberal da escola austríaca [o qual tenho minhas críticas] está
(todavia) mais próximo do anarquismo do que o socialismo marxista.
William Chinelato Quando você fala em escola austríaca, a
referência é Mises? Se for, discordo. Historicamente anarquismo e socialismo
marxista estão mais próximos.
William Chinelato Só para enriquecer esta discussão e
corroborar:
http://www.marxists.org/portugues/guerin/1973/11/06.htm
Anarquismo e Marxismo
www.marxists.org
Primeira Edição: Segundo uma fala feita em Nova Iorque em 6
de novembro de 1973....
William Chinelato Aliás, a tal escola austríaca que vem recebendo
bastante atenção nos últimos tempos e em especial da direita raivosa, por
tabela espaço na mídia, é bastante duvidosa para fazer criticas, ainda que o
seu alvo primeiro seja o socialismo marxista, isso não significa que ela casa
idéias com os pensamentos anarquistas clássicos de Bakunin ou Proudhon, aliás
este ultimo fazia feroz ataque ao capital, visto como uma forma de dominação.
Não é possível compactuar com este pensamento contraditório da escola austríaca
usado hoje pelo IMB defendendo idéias de livre associação empresarial, mas
criticando a associação dos trabalhadores (liberdade seletiva?). Impossível
acreditar que a escola austríaca tenha alguma similaridade com o anarquismo
clássico, quando defende com unhas e dentes o Capitalismo. O Anarquismo
clássico fez criticas pertinentes ao socialismo marxista, mas não deixou de
reconhecer os objetivos em comum. Já a duvidosa escola austríaca ao atacar o
socialismo e defender o capitalismo, por tabela se distancia de princípios
anarquistas clássicos. Contradição e apropriação indevida e conceitos
libertários duvidosos.
Caio Bruno O que vejo é que as pessoas acima não entendem
muito de ciência política, e muito menos de teorica econômica que formou as
concepções teóricas dos citados autores. De qualquer jeito, como meu amigo é o
Tullio, não cabe a mim, extender o assunto. Ele de fato tem razão no diz
respeito a escola austríaca, discordo inclusive de algumas críticas que ele
faz, tendo podido conversar sobre elas pessoalmente com ele. Em todo caso há
coerencia nesta relação anarquismo proudinoniano e liberalismo, quando o
próprio Von Mises e Hayek não querem o estado como meio regulador através de
impostps e da fiscalização produtora e entendem por meios desburocratizados, a
livre associação; diferem no anarquismo clássico sindicalista por uma concepção
de dinâmica competitiva e autonomia absoluta da relação da produção e
produtores. E mais a mamis, conforme o meu amigo Tullio diz...'' marxistas e
antinortemaricanos, nem deveriam usar o facebook, pois esta rede somente foi
possível através do contexto liberal capitalista'' que ele mesmo crítica, mas
não condena, havendo clara diferença entre a crítica de um ideário e a
condenação de um meio ou ideário que forma este meio.
Caio Bruno se vocês falam inglês, seria interessante ouvir
esta entrevista.....http://www.youtube.com/watch?v=km0-La2gGt4
Bork and
Hayek on so-called "Intellectuals"
www.youtube.com
A
conversation between distinguished legal scholar Robert Bork and Nobel Prize
w...Ver mais
Ontem às 00:18 · Curtir
Tullio Sartini - Quanto a Proudhon , de quem modéstia às favas
conheço bem o pensamento, ele era contra o capital por meio de propriedade
improdutiva, todavia não ao direito de posse, e se leram a teoria proudhoniana
sabem q ele discorre sua teoria a parir de um visão de desenvolvimento
mutualista, - paulatinamente ele substitui a semântica ''anarquia'' por
mutualismo, e é nisto que escola austríaca pode ter afinidade com o anarquismo
social. Bakunin merece outro comentário, até porque o contexto dele é outro, e
se desenvolverá por meios revolucionários. Enfim, eu disse:q não sou sectário,
já citei aqui autores marxistas e neomarxistas , e sou profundamente
antimarxista, e nem tão pouco aceito as concepções capitalistas de Von Mises,
embora ele tenha uma máxima genial : "Não há nada de errado em dizer às
pessoas que tributação é roubo, que regulamentação é transgressão, que leis
antidrogas são agressão, que políticos são criminosos, e que o estado é uma
monstruosa agência criminosa.", conquanto ele vai extender sua teoria de
livre mercado pela competitividade, e se afasta do ideário anárquico da
solidariedade;tornando uma contradição ao princípio básico do mutualismo q é a solidariedade;
ele mesmo reconhece isso, colocando óbvias distinções entre liberalismo e o
libertarismo proudhoniano. Friedrich Von Hayek já é uma outra conversa, pois
ele é mais um economista, do que um teórico político; as idéias de Von Hayek
apresentam sim concórdias com as teses de economia autônoma e autogestiva dos
anarquistas, ele mesmo reconhece isso, aliás é clássica a polêmica dele tantos
com os trabalhistas como o keynesianismo. Sim o anarquismo e o marxismo se
encontram históricament primeiramente na comuna de Paris e daí sempre se
desencontrarão, já Proudhon preconiza esse desencontro em o ''Sistema das
Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria''; a famigerada revolução
russa, será a esperança e a decepção de Kropotkin; e na revolução catalã terão
um grande encontro, e várias dissensões,. Os anarquistas sempre chutaram os
baldes e na idade moderna abriram caminhos para os grandes movimentos de
massa,tendo sido muitas vezes (senão sempre) usados perfidamente pelos
comunistas. Os autênticos anarquistas , jamais se renderam e se renderão ao
estatismo e o autoritarismo que dele advem; daí é mais óbvio um processo que
crie condições ao advento Acrata através do liberalismo do que através do
socialismo de estado. Um anarquista é antes de tudo alguém que busca a
autonomia em todos os sentidos ( inclusive a intelectual) nega a submissão
verticalizadora, e socialmente é alguém que luta pela solidariedade e o
desmantelamento da máquina estatal, a qual podemos também chamar de governo.
Pessoalmente, eu, Tullio Sartini, gosto de acreditar na possibilidade de um
processo no qual a dialética é o meio mais patente (a dialética racional e não
uma pseudodialética maniqueista) por isso transito em difentes ideários e
idéías, preferindo idéias do que ideologias, contudo, mantendo a minha postura,
contra o Estado, contra o latifúndio, em suma contra a hierarquização
centralizadora e institucionalizante do poder e seus monopólios, usados através
do meios tributários e militares. são essas as minhas premissas, o resto pra
mim é hermenêutica.
Tullio Sartini - sim, Caio eu afirmo o que disse algumas vezes:
marxistas e anti-estadunidenses não deveriam usar este bagulho, há uma diferença
entre criticar e condenar, critico o modelo estadunidense, como critico
(também) todos os paradigmas convencionalizaram a sociedade pós- industrial e a
pós-modernidade, e porquanto não acredito em modelos fixos, .enfim to nem aí!
sou do partido tô cagando e andando. ademais, no fundo no fundo, não sei se a
espécie humana é digna de tanta preocupação, é muita complexa sim, contem
variáveis e variantes infindas! muitas vezes sórdidas.
Tullio Sartini -por fim, lhes digo, acho q alguem muito
citado pelos marxistas, cujo o nome é Foucault, estaria de acordo comigo. em
relação a Von Hayek...http://gambiarre.files.wordpress.com/.../foucault...
William Chinelato Também não pretendo estender esta
discussão pois quando contamina-se uma discussão com a análise de
interlocutores sem conhece-los e não de argumentos, corre-se riscos
desnecessários. É uma linha tênue (para não fugir da razão) fazer criticas a um
governo belicista e imperialista e que apesar do discurso "liberal",
na prática faz opressão defendendo três pilares que anarquistas condenavam no
século XIX: Capital, Estado e Igreja. A extensão disso (presente), para um
sentimento anti-EUA generalizado infelizmente existe, mas ai já estamos
entrando em fundamentalismos que não cabem aqui. O que se faz muitas vezes são
criticas pontuais, afinal não existe exatidão nesse tipo de ciência (humanas),
mas é possível recorrer a História para ver como ela acaba se repetindo. A
unica coisa que discordo frontalmente é esta questão da utilização do meio
"feicibuque"e outras tecnologias por marxistas, dando crédito a
Chomsky:
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