domingo, 27 de abril de 2014

1913: Guilherme 2º proíbe oficiais fardados de dançar tango

No dia 20 de novembro de 1913, após participar de um sarau promovido por uma condessa, o Imperador Guilherme 2º ficou tão chocado com o tango, que proibiu seus oficiais de dançarem o novo ritmo, pelo menos quando estivessem de uniforme.



O tango surgiu nos subúrbios de Buenos Aires em meados do século 19. Na beira do rio Riachuelo, nos bares, nos cortiços do bairro sul, nos prostíbulos, estavam os soldados de folga, trabalhadores dos abates, cocheiros, artesãos, marinheiros e peões, em geral homens sozinhos em busca de companhia e diversão. Nestes salões, tocavam-se valsas, milongas, mazurcas, habaneras, polcas e esboços do futuro "tango criollo".
O tango que se dançava já em 1880, composto por Villoldo ou Mendizabal, entretanto, não era o mesmo "tango argentino" que se conhece hoje, de astros como Carlos Gardel ou Astor Piazzolla. A dança em si sofreu algumas mudanças com o passar do tempo, mas permaneceu a cadência entre os movimentos suaves e bruscos.
Os ricos e que se diziam cultos torciam o nariz para o que chamavam de "coisa do proletariado ou de prostitutas". A forma sensual da dança e o fato de ser muito mais espontânea chocava as elites da época. Principalmente na Europa, onde o tango chegou através de Paris em 1907.
Alemão levou bandoneon à Argentina
O jornal britânico Times escreveu em 1913 tratar-se de uma dança extremamente "desajeitada". Preocupados com a propagação entre a sociedade, as autoridades chegaram a tomar atitudes enérgicas: o Papa proibiu o tango e o imperador Guilherme 2º da Alemanha não queria que seus oficiais o dançassem de uniforme. Já uma regulamentação do Balé da Cidade de Viena proibiu que ele fosse incluído entre as danças executadas pelo seu corpo de baile.
Uma das grandes características do tango, se não a principal, é o instrumento em que tradicionalmente é tocado: o bandoneon, levado para a Argentina por Heinrich Brand, da cidade alemã de Krefeld.
Pouco a pouco, a dança foi conquistando espaço nos salões. Até a moda adaptou-se, pois as damas precisavam de liberdade de movimentos. Poiret, por exemplo, criou o "tango look", com vestidos de ombros de fora, acinturados, decotados, que elas usavam sobre calças justas até o tornozelo, ou então saias justas de "chiffon", com aberturas generosas. Nas cabeças, boinas em forma de turbante, com penas.
Até mesmo as madames da alta sociedade começavam a gozar de mais liberdade. Era a época das revoluções cultural e industrial na Europa, em que se buscava mais independência e mudanças no estilo.
Na década de 20, compositores famosos como Igor Stravinsky, Paul Hindemith e Ernst Krenek acrescentaram o tango às suas composições e assim abriram espaço para o gênero nas salas de concerto e nas óperas.
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Bismarck e o 2º Império

A Revolução Francesa contribuiu para a queda do Sacro Império em 1806. Uma nova unificação política só foi possível em 1871, graças ao progresso econômico registrado a partir de meados do século 19.


O impacto da Revolução Francesa – que em 1789 proclamou Liberté, Egalité, Fraternité na França, eliminando a ordem social feudal e promovendo a separação de poderes – foi o que faltava para fazer desmoronar o Sacro Império Romano de Nação Germânica. Os ideais revolucionários ouvidos na França não chegaram a se alastrar na Alemanha devido à estrutura federalista do império. Mas as ofensivas militares desencadeadas pela revolução tiveram amplo efeito sobre a região.
A Prússia e a Áustria resolveram intervir nos acontecimentos do país vizinho e acabaram provocando uma contraofensiva das tropas revolucionárias. Atacado pelo exército de Napoleão Bonaparte, que se considerava herdeiro da Revolução Francesa, o Sacro Império sucumbiu definitivamente, e a França anexou a margem esquerda do rio Reno.
Essa reorganização territorial deu-se às custas dos principados menores e dos religiosos. Os estados de porte médio foram os grandes beneficiados, unindo-se em 1806 na Liga Renana (ou Confederação do Reno), sob o protetorado francês. No mesmo ano, o imperador Francisco 2º abdicou da coroa, pondo fim ao Sacro Império Romano de Nação Germânica. A necessidade de expulsar os invasores franceses acabou dando asas ao espírito nacional, e um novo movimento nacional culminou nas Guerras de Libertação.
A Alemanha, contudo, não ficou imune às grandes transformações sociais vindas da França e acabou instituindo a sociedade burguesa. Reformas, como a abolição da vassalagem, a liberdade profissional, a autonomia municipal, a igualdade perante a lei e o serviço militar obrigatório, foram implementadas inicialmente nos estados da Liga Renana e mais tarde também na Prússia, dando continuidade à reforma judicial e outras obras avançadas realizadas no século anterior por Frederico, o Grande (1740–1786), um legítimo representante do despotismo esclarecido.
A Liga Alemã

Após a derrota de Napoleão, o Congresso de Viena (1814–1815) estabeleceu uma nova ordem na Europa. Porém, as aspirações de muitos alemães a um Estado nacional livre e homogêneo não se concretizaram. A Liga Alemã, que substituiu o antigo império, era uma união de estados soberanos pouco coesos. O único órgão, a Dieta de Frankfurt, não era um parlamento eleito, e sim um congresso de delegados. A Liga Alemã só podia agir com o beneplácito das duas grandes potências Prússia e Áustria. Nas décadas seguintes, a Liga reprimiu todas as tentativas de unificação e liberdade.
O desenvolvimento econômico incipiente trazia modernidade, contrariando essas tendências retrógradas. Em 1834, foi fundada a União Alfandegária Alemã, que implantou um mercado nacional uniforme. Em 1835, foi inaugurada a primeira estrada de ferro. Começava a industrialização. Com as fábricas, formou-se uma nova classe operária fabril. No entanto, o forte crescimento demográfico levou a um excedente de mão de obra. Como não havia legislação previdenciária ou trabalhista, a massa dos operários vivia na miséria.
A Revolução de 1848
A revolução de fevereiro de 1848 na França teve eco imediato na Alemanha, ao contrário do que acontecera com a Revolução Francesa. Em março, insurreições populares em todos os estados da federação obrigaram os amedrontados príncipes a fazerem grandes concessões. Em maio, reuniu-se a Assembleia Nacional em Frankfurt. O arquiduque austríaco João foi eleito regente do império.
O centro liberal, que visava a uma monarquia constitucional com direito eleitoral limitado, era a força dominante na Assembleia. Contudo, a excessiva fragmentação partidária dificultava o trabalho legislativo. A classe política estava dividida entre a chamada "grande solução" e a "pequena solução", ou seja, um império alemão com ou sem a Áustria.
Afinal, foi aprovada uma Constituição democrática, na qual se tentava conjugar o velho com o novo. Ela previa que o governo prestasse contas ao Parlamento. Como a Áustria insistisse em incorporar ao futuro império todo o seu território, composto de mais de uma dúzia de povos, venceu a tese da pequena solução.
A Assembleia Nacional ofereceu ao rei da Prússia, Frederico Guilherme 4º, a coroa hereditária do Império Alemão. Mas o soberano não aceitou a dignidade de imperador concedida por uma revolução. Em maio, fracassaram os levantes populares que pretendiam impor a Constituição "de baixo para cima". Selada a derrota da revolução alemã, a maioria das conquistas foram anuladas e em 1850 foi restabelecida a Liga Alemã.
A ascensão de Bismarck
O grande progresso econômico registrado em meados do século 19 trabalhou a favor da unificação, tornando a Alemanha um país industrial, com destaque para a indústria pesada e a construção de máquinas. Na vanguarda desse desenvolvimento estava a Prússia.
A riqueza econômica, por sua vez, fortalecia a consciência política da burguesia liberal. O Partido Progressista Alemão, fundado em 1861, tornou-se a principal força no Parlamento da Prússia, opondo-se muitas vezes ao governo.
Empossado em 1862 como chanceler, Otto von Bismarck aceitou o desafio de governar contra o Parlamento e sem um orçamento por ele aprovado. Para impor a cobrança de novas taxas, e assim financiar a reforma militar que pretendia fazer, recorreu a medidas repressivas, como a censura da imprensa e a restrição ao direito de reunião.
Os êxitos na política exterior compensaram a fraca posição de Bismarck na política nacional. Ao vencer a guerra contra a Dinamarca (1864), a Alemanha obteve os territórios de Schleswig e Holstein, no norte, passando a administrá-los conjuntamente com a Áustria. O objetivo de Bismarck, contudo, era anexar os dois ducados.
O conflito acabou levando a uma guerra contra a Áustria, que saiu derrotada (1866). A Liga Alemã foi dissolvida e substituída pela Liga Setentrional Alemã, que reunia todos os estados germânicos ao norte do rio Meno, tendo Otto von Bismarck como chanceler (primeiro-ministro).
O 2º Império

Completando a unificação da Alemanha no sentido da "pequena solução", Bismarck conquistou a Alsácia e a Lorena, numa guerra contra a França (1870–1871) deflagrada por um conflito diplomático. Imbuídos de patriotismo, os estados do sul da Alemanha uniram-se à Liga Setentrional Alemã, constituindo o 2º Império Alemão ou Reich. Em Versalhes, o rei Guilherme 1º da Prússia foi proclamado imperador da Alemanha, no dia 18 de janeiro de 1871.

A unidade alemã, portanto, não resultou da vontade do povo, "de baixo para cima", mas de um pacto entre os príncipes, isto é, "de cima para baixo" e com a supremacia esmagadora da Prússia. O Parlamento do Império, o Reichstag, era eleito por sufrágio igualitário e tinha apenas uma influência indireta no governo. O chanceler do Império, embora só devesse prestar contas ao imperador, era obrigado a procurar apoio para a sua política no Parlamento.
Não eram uniformes as leis eleitorais relativas às representações populares dos diferentes estados no Reichstag. Em 11 estados, existia o sistema eleitoral por classes, dependente dos impostos pagos pelo eleitor e, em outros quatro, mantinha-se a representação por corporações. Com maior tradição parlamentar, os estados do sul da Alemanha reformaram seu direito eleitoral, adaptando sua legislação eleitoral à do Império.
Bismarck governou o Império por 19 anos, fortalecendo sua posição na nova constelação de forças na Europa através de uma política de paz e de alianças. Sua política nacional, porém, estava distante dessa sabedoria. Bismarck combateu tendências democráticas por considerá-las inimigas do Império.
Lutou contra a ala esquerda da burguesia liberal, contra os políticos católicos e, principalmente, contra o movimento operário organizado, que reprimiu durante 12 anos. Bismarck, de certa forma, terminou sendo vítima do seu próprio sistema. A política personalista do jovem imperador Guilherme 2º forçou-o à demissão em 1890.

DW.DE

1974: Revolução dos Cravos em Portugal

Pouco após a meia-noite de 25 de abril de 1974 começou a soar na emissora católica de Lisboa a música até então proibida "Grândola, Vila Morena". Era o sinal combinado para o início do levante militar em Portugal.

Antes da revolução, era rara em Portugal a família que não tivesse alguém combatendo nas guerras das colônias na África, o serviço militar durava quatro anos, opiniões contra o regime e contra a guerra eram severamente reprimidas pela censura e pela polícia.
Antes de abril de 1974, os partidos e movimentos políticos estavam proibidos, as prisões políticas estavam cheias, os líderes oposicionistas estavam exilados, os sindicatos eram fortemente controlados, a greve era proibida, as demissões fáceis e a vida cultural estritamente vigiada.
A liberdade em Portugal começou com a transmissão, pelo rádio, de uma música até então proibida. Os cravos enfiados pela população nas espingardas dos soldados acabaram virando o símbolo da revolução, que encerrou, ao mesmo tempo, 48 anos de ditadura fascista e 13 anos de guerra nas colônias africanas.
Em apenas algumas horas, as Forças Armadas ocuparam locais estratégicos em todo o país. Ao clarear, multidões já cercavam as emissoras de rádio à espera de notícias. A operação, calculada minuciosamente, havia pego o regime de surpresa. Acuado pelo povo e pelos militares, o sucessor de Salazar, Marcelo Caetano, transmitiu sua renúncia por telefone ao líder dos golpistas, general António de Spínola.
Transportado de tanque ao aeroporto de Lisboa, Caetano embarcou para o exílio no Brasil. Em quase 18 horas, havia sido derrubada a mais antiga ditadura fascista no mundo.
Não houve acerto de contas
Artistas, políticos e desertores começaram a retornar do exílio. As colônias receberam a independência. A caça às bruxas aos responsáveis pela ditadura acabou não acontecendo, e as dívidas do governo anterior foram todas pagas. Os únicos a oferecer resistência foram os agentes da polícia política. Três pessoas morreram no conflito pela tomada de seu quartel-general.
Ao voltar do exílio em Paris, Mário Soares, o dissidente mais popular do governo Salazar, foi recebido por milhares de pessoas na estação ferroviária de Lisboa. Cravos vermelhos foram jogados de helicóptero sobre a cidade e só se ouvia a famosa canção Grândola, vila morena, que já havia se tornado o hino da revolução.
Em 1974, Portugal era um país atrasado, isolado na comunidade internacional, embora fizesse parte da ONU e da Otan. Era o último país europeu a manter colônias e vinha travando uma longa guerra contra a independência de Angola, Moçambique e Guiné. O regime de Salazar, iniciado em 1926, havia conseguido manter-se através da repressão e fora tolerado pelos países vencedores da Segunda Guerra Mundial.
Golpe militar vira festa revolucionária
Em 1º de maio, a esquerda, fortemente engajada, mostrou sua força em Lisboa, enquanto trabalhadores rurais do Alentejo expulsavam latifundiários e banqueiros eram desapropriados.
A esquerda europeia viu em Lisboa um palco ideal para os movimentos frustrados de 68. A pacata e católica população portuguesa, por seu lado, sentiu-se ignorada e, a partir do norte conservador, iniciou um movimento contra os extremistas.
Em 1975, aconteceu a dupla tentativa de golpe, da esquerda e da direita, contra o governo socialista, levando Portugal à beira da guerra civil. A ala militar extremista de esquerda obteve o domínio da situação em novembro de 1975. Após as eleições do ano seguinte, o general António Ramalho Eanes foi eleito presidente.
O Partido Socialista, com Mário Soares, assumiu um governo minoritário. A crise econômica o levou à renúncia em 1978. Entre 1979 e 1980, o país teve cinco primeiros-ministros. Em 1985, o governo foi assumido por Aníbal Cavaco Silva e Mário Soares tornou-se presidente no ano seguinte. Em 1986, Portugal ingressou na então Comunidade Econômica Europeia, hoje União Europeia.

·         Autoria Barbara Fischer (rw)
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1904: Começa a revolta dos hereros

Em 2 de janeiro de 1904 estourou uma revolta do povo banto dos hereros contra os colonizadores alemães na então África do Sudoeste, atual Namíbia. A resposta alemã foi o genocídio.



A revolta surpreendeu os alemães na África do Sudoeste. Durante 20 anos, eles tinham expandido o seu domínio na atual Namíbia usando a tática de alimentar as rivalidades entre os povos inimigos dos nama e herero. Mas, desta vez, eles próprios foram as vítimas. Os revoltosos, liderados pelo cacique Samuel Maharero, matavam todo alemão que pudesse portar uma arma.
Os hereros viviam basicamente da pecuária. Passo a passo, o orgulhoso povo de pastores perdeu seus campos para os colonizadores alemães. Às vezes, na base de negociações, mas freqüentemente também por meio de falcatruas e violência.
Resistência à dominação
A situação chegou a um ponto em que o cacique dos hereros, Samuel Maharero, conclamou seu povo e outras tribos a resistirem à dominação alemã.
Numa carta ao líder nama Hendrik Witbooi, ele escreveu: "Toda a nossa subserviência e paciência em relação aos alemães não nos trouxe vantagens. Por isso, faço um apelo, meu irmão, para que participes da nossa revolta, de modo a toda a África levantar suas armas contra os alemães."
Reação violenta
Porém, esse sonho de Maharero não se tornou realidade. Os nama ficaram na expectativa, enquanto o Império Alemão reagiu com extrema brutalidade. O imperador Guilherme 2º mandou tropas comandadas pelo general Lothar von Trotha à África do Sudoeste.
Em carta ao governador da colônia, Theodor von Leutwein, ele anunciou uma violenta repressão: "Conheço muitas tribos africanas… Terror, violência brutal. Essa é a minha política", escreveu.
A 11 de agosto, von Trotha cercou os hereros na decisiva batalha de Waterberg, cerca de 400 quilômetros ao norte de Windhoek. O general alemão organizou suas tropas de forma a que os hereros só podiam romper o cerco num determinado ponto, para fugir rumo ao deserto de Omaheke. Ainda assim foram perseguidos pelos alemães, segundo relatou o comando do exército imperial.
"Ordem de extermínio"
Somente alguns poucos fugitivos conseguiram escapar para o território britânico de Betshuana. Outros tentaram romper a barreira militar alemã e voltar aos seus povoados de origem. Mas von Trotha foi implacável. A 2 de outubro de 1904, baixou uma proclamação que entraria para a história como uma "ordem de extermínio".
Esse ato de barbárie foi demais até para o governo alemão em Berlim. O chanceler imperial Bernhard von Bülow interveio junto ao imperador, argumentando que os hereros eram mão-de-obra indispensável para as fazendas e minas da África do Sudoeste e, por isso, deveriam ser poupados. Guilherme 2º ainda hesitou quase duas semanas até revogar a ordem de extermínio e exigir que von Trotha aceitasse a capitulação dos hereros.
Para a maioria dos rebeldes, porém, essa decisão veio tarde demais. Apenas cerca 15 mil de um total de 80 mil hereros escaparam do genocídio. O domínio alemão ainda persistiu por mais uma década.
Sob os auspícios sul-africanos
Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, a atual Namíbia foi ocupada pela África do Sul, na época colônia britânica. Em 1920, a Liga das Nações deu à África do Sul um mandato para administrar o território, situação que perdurou até o final da década de 80.
A luta pela libertação eclodiu em 1966, com o início das guerrilhas praticadas pela Organização dos Povos do Sudoeste da África (Swapo), de linha marxista. A Namíbia, no entanto, só se tornaria um país independente em 21 de março de 1990.

·         Autoria Carsten von Nahmen (gh)
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