sábado, 4 de outubro de 2014

Debate à esquerda...eleições.

 Dilma cresce nas pesquisas e reúne bases sociais heterogêneas de apoiadores. A grande maioria que vive do seu trabalho e do seu estudo melhorou de vida nos últimos 12 anos. Dilma vence em todas as regiões brasileiras, conta com forte base social no núcleo duro de apoio dos mais pobres e também tem importantes apoios em grupos sociais e intelectuais elitizados. Lula e Dilma vencem primordialmente porque não foram derrubados pelos antigos donos do poder, ou por políticos ex-arenistas. Grupos oligárquicos, ou aliados situacionistas, como o PMDB, o PP e tipos tradicionais como Sarney, Collor de Mello, Renan Calheiros, Jader Barbalho, Francisco Dornelles, Maluf e Reinhold Stephanes garantiram a sustentação da maioria parlamentar do PT. Sem aliados, Lula e Dilma estariam na mesma indigência e irrelevância política que os sem-votos à extrema esquerda estão, para não falar de tipos de esquerda derrubáveis como João Goulart ou Allende. Dilma é seguramente a candidata dos mais pobres e também é candidata muito bem votada nos eleitores com doutorado, a mais elevada faixa de escolaridade. Enquanto Dilma e Lula tiverem o apoio das multidões pobres, negras, pardas e populares da classe trabalhadora, enquanto uma mulher idosa, periférica, rural, descendente de escravas, votar nas mesmas candidaturas do PT, junto com alguns dos segmentos do que Raimundo Faoro denominou de estamento burocrático nacional, composto por homens brancos brasileiros, agora urbanos, descendentes do senhoriato da antiga nobreza da terra, dos "homens bons" do Brasil Colônia e do Império, com renda média-alta e escolaridade elevada, o bloco político hegemônico continuará. Juntos formam a mais vitoriosa aliança política nacional na atual democracia representativa. Assim permanecerá, prosseguirá e se ampliará o projeto nacional-desenvolvimentista de inclusão social dos últimos 12 anos. O PT é o varguismo de 1954 redivivo e ampliado.

Ricardo Costa de Oliveira


Luciano Rodrigues de Oliveira_______________________ É lamentável esta visão tentando justificar os conchavos feitos pelo PT para barganhar tempo com foco na propaganda política. Pergunto, onde está a ideologia política apregoada pelo partido? Tudo relegado em nome de um projeto de poder que aparelhou o Estado, as instituições e os Poderes. Não há como justificar o conchavo com políticos que estiveram contra o povo em benefício próprio. E ainda, varrer para baixo do tapete a corrupção alegando que não sabia ! Isto é prova cabal de incompetência ou ma fé !!! Repriso, lamentável...


Ricardo Costa de Oliveira ____________________________A percepção dos eleitores da Dilma é que o Aécio-PSDB e a Marina-PSB conseguem ser muito piores, fazem as mesmas coisas e de maneira muito piorada, com apoios e financiadores ainda piores. As outras candidaturas passam a imagem de "laranjas" e de "nanicas", que crescem para baixo e são consideradas ingênuas e ineficazes. Realpolitik para quem quer defender o seu emprego, o seu salário, os seus direitos e não quer os neoliberais, os setores ainda mais atrasados e ainda mais corruptos comandando de novo o país. Democracia é muitas vezes a escolha do melhor ou do menos pior.


Giancarlo Zeni_________________________________________________ Liberalismo e políticas socioeconômicas de direita só deveriam interessar a quem de fato se beneficia: banqueiros e grandes empresários. A alienação promovida pela grande mídia é tão assustadora que consegue convencer setores da classe média e da classe trabalhadora que a esquerda é uma ameaça ao país. Ora, a melhora é visível, tangível e clara desde a ascensão do PT. Essa história de petralha, cambada, etc., é insuflada por uma elite que quer reter todos os privilégios de classe. Uma senhora de sobrenome em Minas disse claramente que vai votar no Aécio senão "daqui a pouco os pobres vão mandar no país". Eu quero um país justo e igualitário, onde minha ascendência e minha história pregressa não digam que sou melhor que um descendente de escravos, ou pior que um Jorge Paulo Lehmann. As oportunidades precisam ser as mesmas. E tenho certeza de que este é o mesmo Brasil com que Dilma sonha.

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