quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Base social preferencial

Afinal, qual é a base social preferencial da intenção do voto em Marina ? O eleitor jovem, despolitizado, de classe "média-baixa" (2 a 5 Salários Mín.), evangélico, urbano, morador nas capitais e periferias. O que chama a atenção é a hegemonia de Marina no segmento jovem, a geração que ainda não era adulta no meio do governo FHC e que não tem a memória política da eleição e presidência de Fernando Collor(o da nova política, o salvador-da-pátria-acima-dos-partidos, que não era de direita, nem de esquerda e governaria com todos juntos na reconstrução nacional). Esta mesma base social jovem forneceu a demografia urbana confusa das manifestações de junho de 2013 e está associada mentalmente ao mesmo primarismo e pouca consistência político-partidária de Marina. Representam setores no terciário, comércio, serviços e autônomos, a grande maioria sem maior tradição organizacional ou sindical, em condições precárias e pouco organizadas. Abandonados pelo establishment. Querem mudanças e não sabem ao certo como funcionam os partidos, as instituições e a política como um todo. Somente as posições do PT e do PSDB podem redefinir e pautar a ida e os eventuais resultados de Marina no segundo turno porque continuam permanecendo como os dois únicos atores principais na governabilidade, os outros são meros coadjuvantes e auxiliares para votos úteis ou inúteis nas candidaturas presidenciais.
Ricardo Costa de Oliveira

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