terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


Não é por falta de leis que criminosos ficam impunes no Brasil. Qualquer estudante de primeiro ano de Direito sabe apontar exatamente em quais leis, artigos, parágrafos e alíneas enquadrar, por exemplo, o assassino do cinegrafista Santiago Andrade ou os mascarados que incendiaram um fusca em São Paulo. Como sabe, igualmente, dizer os delitos dos policiais que torturaram, mataram e desapareceram com Amarildo, dos políticos que traficam drogas ou dos juízes que passeiam pela Europa custeados pelo dinheiro público.

Defender uma lei “antiterrorista” nada mais é do que fazer média com aqueles que sempre pedem mais repressão, abrir as portas para uma intensificação da violência policial e alimentar a suspeição sobre qualquer legítima manifestação popular. É lamentável o esforço que alguns dos nossos fazem para ficar parecidos com aqueles que sempre combateram.

Roberto Elias Salomão

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