Não precisa de nós
o silêncio:
já possui sua coda
de música
muda:
secreta seita
em que se enreda
e se desnuda.
Não precisa do nosso
exaspero
nem do ruir
das coisas
físicas
sujeitas à limalha
e à ferrugem.
– Cantar é esculpir
rumores.
Imerso em nossa espera
o silêncio nos arresta
em sua forma
de estar ausente.
Salgado Maranhão
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